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Campanha Salarial

FEM-CUT/SP e SMetal dão início às negociações com G3, G8.3 e Fundição

Rodadas de reuniões da Campanha Salarial aconteceram nesta terça-feira, dia 8. Até o momento, a inflação está acumulada em 3,94% e o INPC de julho sai nesta sexta, 11

Imprensa SMetal com informações da FEM-CUT/SP
ADONIS GUERRA

FEM-CUT/SP e os sindicatos filiados entregaram a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2023 para as bancadas patronais no início de julho

Na última terça-feira, dia 8, aconteceu mais uma rodada de negociações da Campanha Salarial 2023, desta vez entre a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) e representantes dos sindicatos filiados com as bancadas patronais do Sifesp (fundição), G8.3 (Simefre, Siamfesp e Sinafer) e G3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa).

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), que têm representando a entidade nas discussões de data-base, nas primeiras discussões, foram apresentadas as pretensões para as negociações deste ano e quais os principais pontos a serem discutidos no processo.

“Pudemos perceber que não será uma negociação nada fácil, especialmente referente ao reajuste. A expectativa é de inflação baixa, resultado de uma economia mais estável e de queda no ritmo de aumentos nos preços dos produtos e serviços. Por isso, estamos deixando claro que não aceitamos nada menos que aumento real e a manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva”, conta Verdinho.

Até o momento, a inflação está acumulada em 3,94% e o INPC do mês de julho será divulgado nesta sexta-feira, dia 11. Porém, para fechar o percentual que serve de parâmetro para as negociações da Campanha Salarial, é necessário aguardar o próximo índice, que sai somente em setembro.

Além de Verdinho, esteve representando o SMetal nas reuniões desta semana o dirigente Adilson Faustino (Carpinha), que é secretário de administração e finanças da FEM-CUT/SP e membro do Comitê Sindical de Aposentados (CSE).

Convenção Coletiva de Trabalho

Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, aponta a importância das discussões acerca das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs). “Temos que lembrar a importância do que está na nossa pauta de reivindicações, porque temos apenas dois grupos que não temos cláusulas sociais a serem discutidas, que é o G3 e o Sindicel. No restante dos grupos patronais, nós temos as cláusulas sociais para discutir, além das cláusulas econômica”.

Ele destaca que a luta dos metalúrgicos é pela manutenção dos direitos contidos nas CCTs, além de melhorias e ampliação, como no caso das pautas das mulheres. “Nós temos cinco cláusulas importantíssimas de direitos das mulheres, de dívida da sociedade brasileira e da classe trabalhadora com essa questão de gênero”.

Nas negociações econômicas, Erick lembra da importância da valorização dos trabalhadores. “Temos que valorizar pisos e tetos. Além disso, estamos em um ano de inflação baixa e vamos lutar pelo aumento para os metalúrgicos”.

A redução de jornada sem redução dos salários e a redução da taxa básica de juros (Selic) também estão em pauta na Campanha Salarial 2023. “A queda de 0.5% na taxa de juros foi muito pouco, vamos continuar lutando para avançar porque é importante para geração de emprego e renda na indústria”.

Max Pinho, secretário-geral, lembra que nenhuma negociação com os patrões é fácil. “Nas reuniões da semana passada teve grupo patronal que questionou algumas cláusulas de reivindicações. Agora, esta semana, já houve sinalização por parte do patronal sobre a dificuldade de aumento real nos salários, com justificativa que as montadoras estão com a produção reduzida. Por isso, é fundamental que a categoria esteja atenta e pronta para a mobilização porque somente com muita luta teremos uma Campanha Salarial vitoriosa”.

Confira abaixo a divisão dos grupos na Campanha Salarial 2023:

SICETEL: trefilação e laminações de metais;
SIESCOMET: esquadrias e construções metálicas;
SINIEM: estamparia de metais;
SINDRATAR: refrigeração, aquecimento e tratamento de ar;
SIFESP: fundição;
GRUPO 10: lâmpadas; equipamentos odontológicos; mecânica; material bélico; entre outros – especialmente pequenas e micro empresas;
AEROESPACIAL: construção de aeronaves, equipamentos gerais aeroespaciais e aero peças;
GRUPO 8.3: SINAFER (ferros, metais e ferramentas), SIAMFESP (artefatos de metais não ferrosos) e SIMEFRE (equipamentos ferroviários e rodoviários);
SINDICEL: condutores elétricos, trefilação e laminação de metais não ferrosos;
GRUPO 2: SINDIMAQ (máquinas e equipamentos) e SINAEES (aparelhos elétricos e eletrônicos);
GRUPO 3: SINDIPEÇAS (autopeças), SINPA (porca e parafusos) e SINDIFORJA
MONTADORAS: Negociações por fábrica. Ex. Toyota negocia individualmente.

Sobre a Campanha Salarial 2023

O tema das negociações deste ano será “A Luta Continua Pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários e da Democracia” e eixos aprovados são: reposição da inflação; aumento real; valorização dos pisos salariais; valorização das Convenções Coletivas de Trabalho; redução de jornada sem redução de salário e redução dos juros.

A FEM-CUT/SP negocia a Campanha Salarial para cerca de 190 mil trabalhadores no Estado de São Paulo. Ao todo, a categoria tem cerca de 211 mil metalúrgicos, contando os trabalhadores das montadoras.

Conheça seus Direitos

Se você, metalúrgico ou metalúrgica, for demitido neste mês e o aviso prévio terminar após 1º de setembro, terá direito a receber todas as verbas rescisórias de natureza salarial corrigido pelo reajuste conquistado na Campanha Salarial. Quer saber mais? Acesse aqui.

Arte: Cassio Freire

Entenda como serão as negociações da Campanha Salarial 2023

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campanha G3 grupo 3 Reunião salarial sindicato SMETAL
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