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Reajuste e direitos

Campanha Salarial: pauta é entregue ao G3; negociação começa dia 2

Reuniões com as demais bancadas patronais também já foram agendadas pelos sindicalistas; com o Grupo 3 serão negociadas somente as cláusulas econômicas

Imprensa SMetal com informações da FEM-CUT/SP
Adonis Guerra/SMABC

Formalização da entrega da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2023 com o Grupo 3 aconteceu na terça, 18

A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), juntamente com representantes dos 13 sindicatos filiados, se reuniu com a bancada patronal do Grupo 3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa) para formalizar a entrega da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2023.

O encontro aconteceu na última terça-feira, 18, em São Paulo, e o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) esteve representado pelo diretor executivo, Francisco Lucrécio Junior Saldanha. As negociações com o Grupo 3, que abrange os segmentos de autopeças, forjaria e parafuso, estão previstas para começar no dia 2 de agosto.

Saldanha recorda que com o Grupo 3 e o Sindicel foi protocolada a pauta parcial, pois as bancadas patronais possuem a Convenção Coletiva de Trabalho com vigência até 2024. Portanto, em 2023, serão negociadas somente as cláusulas econômicas, como reajuste no piso e nos salários.

Faltando ainda os registros dos meses de julho e agosto para fechar índice que serve de parâmetro para as negociações da Campanha Salarial, as perdas com a inflação estão acumuladas em 3,94%.

“O que temos observado ao longo dos últimos meses é a redução do preço dos alimentos, combustíveis, entre outros itens, o que impacta diretamente nos índices da inflação. Isso é positivo para o bolso do trabalhador, porque ele está pagando menos, mas traz um grande desafio na hora de negociar um reajuste digno. Nossa luta este ano é por aumento real e precisamos da união de toda a categoria para sairmos vitoriosos de mais esse desafio”, destaca.

Segundo o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, o encontro com o Grupo 3 foi extremamente produtivo. Foram apresentadas uma série de dados que demonstram sobre como está a vida do trabalhador e da trabalhadora na base, além do teto, piso, rotatividade, média e massa salarial da categoria.

“Nas próximas semanas, a gente começa, efetivamente, a ter reuniões de negociação, de conhecimento da pauta, não só com o Grupo 3, mas também com os outros grupos. Já temos reuniões agendadas para construirmos o que é mais importante para o trabalhador”, enfatiza.

A FEM-CUT/SP tem 13 sindicatos filiados no Estado de São Paulo e, juntos, representam mais de 213 mil trabalhadores metalúrgicos. A luta este ano é garantir a reposição integral da inflação e aumento real dos salários, além da manutenção e ampliação dos direitos contidos nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).

Erick também destaca a importância da mobilização e unidade dos trabalhadores. “Como a gente repete sempre, o trabalhador tem que estar atento ao jornal, às mídias dos Sindicatos, participar das assembleias e se mobilizar para gente conquistar o reajuste, para conquistar as garantias dos direitos sociais, todas as vitórias que o trabalhador metalúrgico no Estado de São Paulo merece, deseja, quer e vai lutar para isso”.

Campanha Salarial 2023

A FEM-CUT/SP e os sindicatos filiados já realizaram a entrega da pauta de reivindicações da Campanha Salarial para todos os grupos patronais. Representantes da Fiesp (G10 e Aeroespacial); Siescomet (esquadrias e construções metálicas); Sicetel (trefilação e laminação de metais ferrosos); Siniem (estamparia); G8.III – Simefre, Siamfesp e Sinafer (artefatos de ferro, metais e ferramentas, materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários, artefatos de metais não ferrosos); Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento de ar); G.2 Sindimaq e Sinaees- (máquinas, aparelhos elétricos, eletrônicos); Sifesp (fundição) e Sindicel (condutores elétricos, trefilação e laminação de materiais não ferrosos), receberam o documento no início de julho.

Este ano, “A Luta Continua pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários e da Democracia” é o slogan da campanha, que tem ainda seis eixos principais: 1. Reposição da Inflação; 2. Aumento Real; 3. Valorização dos Pisos Salariais; 4. Valorização das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs); 5. Redução de Jornada sem Redução de Salário; e 6. Redução dos Juros.

Arte: Cassio Freire

Entenda como serão as negociações da Campanha Salarial 2023

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