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TRT orienta escala de folgas nos fins de semana e fim da greve na Tecsis

Sindicato dos Metalúrgicos acata orientação da justiça, mas alerta à Tecsis que escala de folgas não atende às necessidades dos trabalhadores

Imprensa SMetal

Em audiência no final da tarde de hoje, dia 12, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT 15ª Região), orientou a Tecsis a implantar uma escala de trabalho que permita folgas em finais de semana alternados para os três turnos da empresa. Atualmente, não há folgas aos sábados para o 1º e 2º turnos, nem aos domingos para o 3º turno. O desembargador Henrique Damiano, que presidiu a audiência, também propôs ao Sindicato dos Metalúrgicos que encerre a greve que lidera na empresa desde sábado, dia 7.

O Sindicato informa que vai seguir a decisão do TRT. Ainda hoje, no terceiro turno, às 22h, dirigentes sindicais vão realizar assembleias nas unidades da Tecsis para orientar o retorno imediato ao trabalho. Novas assembleias serão realizadas amanhã, nos demais turnos.

No entanto, o Sindicato ressalta que a proposta apresentada no TRT não atende às necessidades dos funcionários e a insatisfação interna tende a continuar. “Essa mesma proposta foi rejeitada pelos trabalhadores em assembleia dias atrás. Os horários de início de turno são ruins. Os trabalhadores do segundo turno, por exemplo, terão que iniciar a jornada às 16h35 nos sábados e sair às 2h40 de domingo, a cada 15 dias, prejudicando todo o final de semana da família”, afirma Valdeci Henrique da Silva, diretor de organização do Sindicato dos Metalúrgicos.

Horário ainda pode melhorar

O presidente do Sindicato, Ademilson Terto da Silva, explica que a orientação do TRT não impede a Tecsis que negociar uma jornada melhor de trabalho. “Temos várias propostas prontas que atendem às expectativas dos funcionários. Se a empresa tiver bom senso, vai voltar a negociar a questão, pois a insatisfação interna está muito longe de ser resolvida”.

A Tecsis afirmou ao TRT que a proposta de horário, a ser implantada a partir do dia 16 de janeiro, foi aprovada pelos trabalhadores em votação interna. Mas os sindicalistas metalúrgicos contestam a validade de votação, pois não acompanharam a eleição nem a apuração. “Os riscos de pressão da chefia na hora do voto são evidentes nesses casos”, afirma Valdeci.

O sindicato dos químicos, que há anos tenta obter a representação sindical dos 5 mil trabalhadores na Tecsis, foi citada pela empresa no pedido de dissídio sobre a greve, embora não tenha tido qualquer participação no movimento. Devido a essa citação, porém, teve o direito de participar da audiência hoje no TRT.

“Como sempre, aquele sindicato [dos químicos] fez peso para o lado da empresa, e não dos trabalhadores”, lamenta Terto.

A nova escala de trabalho, que começa a valer a partir de segunda-feira, dia 16, será divulgada pela empresa aos funcionários. Amanhã, o Sindicato dos Metalúrgicos deverá reproduzir a escala neste site, juntamente com uma contraproposta de folgas aos finais de semana.

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