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Metalúrgicos da CUT

Pauta da Campanha Salarial 2022 é entregue às bancadas patronais

Documento com as reivindicações dos metalúrgicos e sugestão de agenda para o início das negociações foi entregue pela FEM/CUT nesta sexta-feira, dia 3; em oito meses, inflação da data-base está acumulada em 8,66%

Imprensa SMetal
Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal
Diretores da FEM e do SMetal entregam, na Fiesp, a pauta da Campanha Salarial 2022 para os representantes do Grupo 2, que é composto pelo Sinaees e Sindimaq

Diretores da FEM e do SMetal entregam, na Fiesp, a pauta da Campanha Salarial 2022 para os representantes do Grupo 2, que é composto pelo Sinaees e Sindimaq

A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT/SP) entregou, nesta sexta-feira, dia 3, a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2022 para o setor patronal, nas sedes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e também do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores). Representando o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), a solenidade contou com a presença do secretário de organização da entidade, Izídio de Brito Correia.

Com o tema “Juntos pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários, da Democracia e do País”, a campanha traz entre as linhas centrais de luta deste ano os seguintes eixos: reposição da inflação; aumento real; valorização dos pisos; valorização da CCT; manutenção dos direitos e reindustrialização do País.

De acordo com o presidente da FEM/CUT-SP, Erick Silva, nesta sexta, dia 3, foram entregues as pautas de reivindicação para nove dos 11 sindicatos patronais – para o Sindifupi e Siniem, que não participaram da solenidade, o documento será protocolado na próxima semana.

Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal
No Grupo 3, a pauta negociada será parcial (somente sobre as questões econômicas) e foi entregue na sede do Sindipeças, em São Paulo

No Grupo 3, a pauta negociada será parcial (somente sobre as questões econômicas) e foi entregue na sede do Sindipeças, em São Paulo

As bancadas do Grupo 3 (peças, parafusos e forjarias), Sifesp (fundição), Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento do ar) e Sindicel (condutores elétricos, trefilação e laminação de metais não ferrosos) têm as cláusulas sociais garantidas até 31 de agosto de 2023 e serão discutidas as questões econômicas.

Já nas bancadas do Grupo 2 (máquinas, equipamentos elétricos e eletroeletrônicos), Siniem (Estamparia de Metais), Sindifupi (funilarias e pintura), Grupo 8.2 (trefilação e laminação de metais ferrosos e de esquadrias e construções metálicas), Grupo 8.3 (de ferros, metais e ferramentas em geral, de artefatos de metais não ferrosos e de equipamentos ferroviários e rodoviários), Grupo 10 (pequenas e micro empresas de manutenção industriais; mecânica; material bélico; entre outros) e Aeroespacial (construção de aeronaves, equipamentos gerais aeroespaciais e aeropeças), a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) perde a vigência neste ano, portanto, além da questão econômica, será debatida a renovação das cláusulas sociais.

Junto às pautas de reivindicações, a Federação e os Sindicatos filiados propõem uma agenda de negociação com as bancadas patronais. “Mais do que nos anos anteriores, a reposição da inflação é algo que está pesando muito na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras, por isso a pressão em dar início às negociações o quanto antes. Aumento real é a nossa pauta de sempre e precisamos avançar também na valorização dos pisos”, reforça o presidente da FEM/CUT, Érick Silva.

Inflação está acumulada em 8,66%

Em apenas oito meses desde a última data-base – setembro de 2021 – o salário dos metalúrgicos já foi desvalorizado em 8,66%. No mesmo período do ano passado, a inflação da data-base estava acumulada em 6,68%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do mês de maio será divulgado pelo IBGE no próximo dia 9 de junho, faltando apenas a inflação de junho, julho e agosto para definir o total de perdas da categoria. O índice serve de parâmetro para as negociações da Campanha Salarial da FEM/CUT.

Para Izídio de Brito, secretário de organização do SMetal, a expectativa da categoria e dos Sindicatos é grande, mas a participação e união dos metalúrgicos serão extremamente necessárias para cumprir o cronograma planejado junto à Federação e garantir uma Campanha Salarial vitoriosa até o dia 31 de agosto.

“Esperamos poder contar com uma boa mobilização pela reposição das perdas salariais e renovação da Convenção Coletiva. Infelizmente, nem a inflação está garantida e precisamos lutar até o final, com unhas e dentes, em defesa dos nossos direitos e por dignidade. Além de debater sobre a importância da nacionalização de peças e geração de empregos junto ao patronal, que é uma das pautas deste ano”, destacou.

O secretário de finanças da FEM/CUT e membro da diretoria do SMetal, Adilson Faustino (Carpinha), reforça: “o resultado positivo ou negativo dessa Campanha Salarial vai depender, e muito, da mobilização dos companheiros e companheiras no local de trabalho, vamos pra cima”.

Além da diretoria da Federação, participaram da entrega da pauta às bancadas patronais representantes dos 13 Sindicatos filiados. A Campanha Salarial da FEM/CUT abrange cerca de 200 mil metalúrgicos em todo o Estado de São Paulo.

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