Busca
Posicionamento

Nova política para desenvolvimento da indústria acena para um futuro próspero

Na visão do SMetal, o programa representa um aceno para o futuro, uma vez que projeta metas alinhadas ao estimulo do setor produtivo de forma sustentável

Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A NIB projeta que, até 2033, ao menos 90% das indústrias brasileiras sejam transformadas pela digitalização.

Na tarde da última segunda-feira, 22, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) recebeu a notícia do lançamento da nova política de desenvolvimento da indústria chamada “Nova Indústria Brasil”, ou NIB, que conta com seis missões norteadoras a serem cumpridas até 2033.

Para executar as propostas da NIB, o governo federal prevê o repasse de recursos públicos para atrair investimentos privados e a previsão é repassar até R$300 bilhões para esses financiamentos.

Na visão do SMetal, o programa representa um aceno para o futuro, uma vez que projeta metas alinhadas ao estimulo do setor produtivo de forma sustentável. Pensar em uma reindustrialização que leve em conta os fatores ambientais é, para o Sindicato, uma demanda urgente.

Entre as missões elencadas pelo governo, estão: fortalecer as cadeias agroindustriais, garantindo a segurança alimentar e nutricional dos brasileiros; produzir, nacionalmente, até 70% dos itens médicos como medicamentos, vacinas e equipamentos; também há um eixo que fala sobre ampliar a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes e reduzir a emissão de carbono da indústria nacional.

Um dos pontos de atenção colocados pela entidade é sobre a importância da quarta meta, que visa a transformação digital da indústria. A NIB projeta que, até 2033, ao menos 90% das indústrias brasileiras sejam transformadas pela digitalização. Para o SMetal, é necessário pensar em ferramentas que possam preparar os trabalhadores para essa nova realidade que se apresenta, uma vez que as novas tecnologias demandam atualização e reciclagem profissional.

“Vemos a retomada da indústria com bons olhos, pois não existe um país que se desenvolva sem uma indústria forte”, comenta o presidente do SMetal, Leandro Soares. Para ele, os trabalhadores podem se beneficiar dessa nova política, que deve gerar mais renda para aqueles que atuam nas indústrias.

O secretário-geral do Sindicato, Silvio Ferreira, entende que, para que um país se torne soberano, é necessário ampliar a renda econômica de seu povo, bem como os direitos sociais. “Ao anunciar a NIB, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva observa essa questão e coloca o país nos trilhos novamente”, comenta.

Na visão dele, com isso o SMetal pode se fortalecer enquanto entidade para auxiliar na busca do desenvolvimento necessário “para colocar o Brasil novamente entre as maiores economias do mundo”, enfatiza Silvio.

A direção da entidade compreende que o país não pode se reduzir a “meros produtores de matérias primas e commodities, quando existe a grandeza necessária para reindustrializar o país”. Na visão deste Sindicato agora existe uma política que pode dar sustentação a esse movimento.

Durante sua fala na apresentação da proposta, Lula comentou sobre a participação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) na construção do documento norteador da nova política. “Essa reunião mostra que finalmente o Brasil juntou um grupo de pessoas que vai fazer com que aconteça uma política industrial. E que muito dela virá por meio de parcerias entre a iniciativa privada e o poder público. Que a gente possa cumprir isso que a gente escreveu no papel”, disse.

O SMetal recorda que o CNDI acatou, em 2023, propostas do “Plano Indústria 10+”, um documento que reúne um conjunto de diretrizes e proposições do movimento sindical para a elaboração de políticas, programas e ações orientados à reconstrução da indústria brasileira. A entidade vê muitos direcionamentos deste plano na nova política governamental o que, para o SMetal, é um aceno para um futuro próspero.

tags
governo federal industrialização investimento Lula NIB nova industria Política
VEJA
TAMBÉM