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Decisão

Justiça reafirma que funcionários da Tecsis são metalúrgicos

Decisão dá tranquilidade aos trabalhadores, que têm sido vítimas de confusão criada pela empresa e os químicos

Imprensa SMetal
Jesus Vicente/Imprensa SMetal
Diretores do sindicato dos químicos preseciam votação dos tabalhadores que demonstraram, por aclamação, que querem continuar metalúrgicos

Diretores do sindicato dos químicos preseciam votação dos tabalhadores que demonstraram, por aclamação, que querem continuar metalúrgicos

Um despacho emitido nesta segunda-feira, dia 12, pela juíza Maria Cristina Brizotti Zamuner, da 1ª Vara do Trabalho de Sorocaba, confirmou decisão judicial de 2008, que manda a Tecsis respeitar a condição de metalúrgicos dos funcionários da empresa.

A decisão da Justiça traz um pouco de tranquilidade aos trabalhadores, que têm sido vítimas de uma confusão criada pela empresa, juntamente com o sindicato dos químicos, a respeito dos direitos trabalhistas na Tecsis.

Com a confirmação de que são metalúrgicos, os funcionários podem continuar cobrando respeito à convenção coletiva da categoria e encaminhando suas novas reivindicações, como as folgas nos finais de semana.

“A decisão judicial reforça a obrigação da empresa respeitar a representação metalúrgica e retomar negociações. Também é importante como prova contra as mentiras descaradas de sindicalistas químicos”, afirma Valdeci Henrique da Silva, secretário de organização do Sindicato dos Metalúrgicos.

Oportunismo
De tempos em tempos, desde 2006, Tecsis e sindicato dos químicos se unem para tentar tirar dos trabalhadores o direito à representação metalúrgica. O prejuízo é sempre dos funcionários. “A empresa usa a falsa polêmica para interromper negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos”, afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.

O exemplo mais recente é a negociação sobre sábados livres aos funcionários. As negociações entre Tecsis e metalúrgicos já estavam adiantadas quando o sindicato dos químicos questionou, novamente, a representação sindical dos trabalhadores. A empresa usou o fato para encerrar o diálogo.

Mas a resposta da Justiça veio rápida, negando o pedido dos químicos e suspendendo uma nova perícia sobre a atividade produtiva da empresa. No despacho, a juíza orienta uma conciliação entre as partes, como é praxe em qualquer processo trabalhista.

A juíza também deixa claro que os funcionários são metalúrgicos, que a questão “não transitou em julgado, prevalecendo o quanto lá decidido, não cabendo novos pronunciamentos nestes autos” (veja íntegra do despacho nesta página).

Sindicato faz votação sobre folgas aos sábados
O Sindicato dos Metalúrgicos realizou na última segunda-feira, dia 12, votação na planta 7 da Tecsis, em Sorocaba, sobre a preferência dos trabalhadores sobre folgas aos sábados.

A votação aconteceu por meio de uma lista, passada durante assembleia em frente à fábrica, na qual os funcionários podiam escolher entre folgas em sábados alternados, trabalho aos sábados com horário reduzido ou nenhuma das alternativas.

O Sindicato ainda realizará a consulta em outras oito unidades da Tecsis em Sorocaba. A contagem de votos será feita logo após concluída a pesquisa. O resultado vai reforçar a pauta de reivindicações sobre o assunto já em poder da fábrica.

A direção sindical também vai encaminhar, ainda esta semana, um comunicado oficial à empresa alertando-a sobre a possibilidade de greve, caso não haja acordo.

Diretoria agradece participação
A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos agradece a todos os funcionários da Tecsis pelo empenho nas lutas por respeito, representação sindical e novas conquistas.

“Sem a mobilização do pessoal, certamente não aconteceriam as vitórias coletivas que caracterizam nossa categoria profissional, inclusive na Tecsis”, afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato.

A mensagem de Terto é compartilhada pela diretoria executiva do Sindicato e pelos membros do Comitê Sindical de Empresa (CSE) na Tecsis, Henrique Cesar Paliari, Ivonaldo Lopes Targino da Silva, José de Souza Neves Neto, Josivan Moura Oliveira e Sérgio Molina Aquino.

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