O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pelo fim do financiamento empresarial às campanhas políticas. A declaração do STF ocorreu no dia 17, e deu base para a presidente Dilma vetar o projeto da Câmara que autorizava as doações às campanhas.
Essa decisão atende às reivindicações dos movimentos sociais e sindicais que vem mobilizando a sociedade para a urgência de um projeto de reforma política que seja abrangente e democrático.
A decisão do Tribunal nesse caso, felizmente, contraria os interesses da maioria dos deputados da Câmara Federal, que haviam aprovado o financiamento das campanhas eleitorais por empresas. Inclusive deputados eleitos pela Região Metropolitana de Sorocaba foram favoráveis ao projeto, agora contestado pelo STF.
A deliberação do Supremo marca um ano do plebiscito popular que recolheu quase 8 milhões de votos em favor de uma assembleia nacional constituinte para modificar o atual sistema político, com o intuito de pôr fim ao financiamento empresarial de campanhas, ampliar a representação das mulheres e da população negra nos cargos eletivos, fortalecer mecanismos de participação social na política, entre outros.
Trajetória de luta pela reforma
O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) participou, em setembro de 2014, do plebiscito pela Constituinte Exclusiva para elaborar uma Reforma Política.
Diretores do SMetal e de outros sindicatos filiados à CUT em Sorocaba recolheram centenas de assinaturas, nas praças e nas fábricas da região, em defesa da reforma política por meio da eleição de um Congresso Constituinte exclusivo para debater e votar o tema.
O Sindicato e a subsede da CUT também promoveram uma palestra sobre o assunto, na sede do SMetal, sobre a reforma política necessária e as ameaças de uma falsa reforma imposta pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Em março deste ano, o SMetal publicou um suplemento especial sobre o assunto. Confira a versão digital no endereço www.smetal.org.br/reformapolitica