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Volta das políticas públicas para o combate à fome reacende esperança

Após anos sem políticas voltadas para a superação da fome no Brasil, Governo Federal avança com políticas para população mais vulnerável

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Freepik

Meire Ellen Rodrigues, assistente social do banco, avalia que em 2023 as políticas públicas avançaram e as ações do governo Lula já têm impactado o país e as cidades.

A saída do Brasil do Mapa da Fome, em 2014, demonstrou que o caminho para superar a tragédia social que se encontra o país são as políticas públicas. Em 2022, com mais de 33 milhões de pessoas que passavam fome, segundo a Rede Penssan, os brasileiros estavam sob um Governo que não tinha essa preocupação.

Já em 2023, o presidente Luís Inácio Lula da Silva disse, em seu discurso de posse, que essa seria uma das principais pautas de seu Governo. “Eu quero que o povo brasileiro possa voltar a tomar café, almoçar e jantar todo dia”, afirma.

Imediatamente, foram retomados órgãos importantes para a elaboração de políticas públicas na área, como o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e a 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que realizada para debater o assunto. 

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, destaca que com este cenário do governo petista o objetivo do Sindicato é que as campanhas pontuais de combate à fome, como Natal Sem Fome, deixem de existir, como foi entre 2012 e 2016, quando haviam políticas públicas de acesso à alimentação, fortalecendo o Banco de Alimentos de Sorocaba (BAS), mantido pelo SMetal.

“Hoje o papel do SMetal é chegar aonde as políticas públicas não chegam. Nosso objetivo, hoje, é levar alimento às famílias que mais precisam, porque a fome tem pressa. E segundo, continuar batalhando, trabalhando, fortalecendo as políticas do Presidente Lula, as políticas públicas que venham a combater a fome e que nós possamos fazer outras campanhas, como de literatura, de entrega de brinquedos, ou de panetones, de incremento das cestas básicas”, afirma o presidente.

Programa Brasil Sem Fome

Segundo o relatório sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI), publicado em conjunto por cinco agências especializadas da Organização das Nações Unidas (ONU), de julho de 2023, o Brasil tem 21 milhões de pessoas que não têm o que comer todos os dias e 70,3 milhões em insegurança alimentar. Segundo o relatório, são 10 milhões de pessoas desnutridas no país.

Atualmente, o principal programa de combate à fome é o Brasil Sem Fome, resultado da articulação entre 24 Ministérios que compõem a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN), organizada em três eixos: Acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania; Alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo e Mobilização para o combate à Fome.

As três metas do programa são tirar o Brasil do Mapa da Fome até 2030; reduzir, ano a ano, as taxas totais de pobreza e reduzir a insegurança alimentar e nutricional, especialmente a insegurança alimentar grave. 

As principais estratégias do programa são o aumento da renda disponível das famílias para comprar alimentos; o mapeamento e identificação de pessoas em insegurança alimentar para inclusão em políticas de proteção social e acesso à alimentação e a mobilização dos governos, dos poderes públicos e da sociedade civil para integrar esforços e iniciativas de combate à fome.

(Fonte: MDS)

Natal Sem Fome e Banco de Alimentos de Sorocaba

Iniciada há quase 30 anos, a Campanha Natal Sem Fome é uma iniciativa do SMetal para ajudar a fazer um fim de ano mais feliz para famílias em situação de vulnerabilidade na região de Sorocaba. Em 2005, o SMetal criou o BAS, organizando arrecadação e doação permanente de alimentos, atendendo hoje cerca de 9.500 pessoas.

Meire Ellen Rodrigues, assistente social do banco, avalia que em 2023 as políticas públicas avançaram e as ações do governo Lula já têm impactado o país e as cidades. .

“Em 2022, a fome estava numa situação desesperadora, não que hoje ainda não esteja, mas a gente sente maior esperança para realizar o trabalho. E agora a gente tem esperança que o CONSEA funcione, então, a nossa expectativa é que em 2024 a gente volte a ter as reuniões mensais do Conselho Municipal da Segurança Alimentar aqui em Sorocaba e que a gente também retome o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O ar é de muito maior esperança do que a gente teve no último ano”, conta Meire Ellen.

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