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Trabalhadores da Schaeffler reprovam proposta de PPR

Votação relativa ao pagamento da segunda parcela do PPR de 2020 foi rejeitada com unanimidade pelos trabalhadores; empresa não cumpriu acordo original que foi firmado há dois anos com o SMetal

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Os trabalhadores do primeiro e do segundo turno da Schaeffler votaram nesta terça-feira, 12, sobre o pagamento da segunda parcela do Programa de Participação de Resultados (PPR)

Os trabalhadores do primeiro e do segundo turno da Schaeffler votaram nesta terça-feira, 12, sobre o pagamento da segunda parcela do Programa de Participação de Resultados (PPR)

Os trabalhadores do primeiro, segundo e terceiro turno da Schaeffler votaram na terça-feira, 12, sobre o pagamento da segunda parcela do Programa de Participação de Resultados de 2020 (PPR). A proposta, que foi rejeitada por unanimidade, ia contra o acordo original firmado com o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), ainda em 2019.

Nas negociações, a empresa confirmou que pagaria aos metalúrgicos um valor e, inclusive, divulgou internamente essa informação para os seus trabalhadores. Cerca de 20 dias antes do pagamento, a Schaeffler voltou atrás – sem negociar – e decidiu que pagaria menos do que a metade do que foi acordado.

“O trabalhador que havia se programado para receber um valor se deparou com a falta de comprometimento da empresa”, comenta o vice-presidente do SMetal, Valdeci Henrique da Silva, o Verdinho, membro do Comitê Sindical da Schaeffler. Para o dirigente, o momento de insegurança com relação ao desemprego pode trazer medo aos pais e mães de família, mas “a luta tem que ser enfrentada, pelo cumprimento de um acordo, para que ninguém saia prejudicado.”

Estado de greve

A partir da reprovação da proposta nas duas assembleias por parte de 100% dos trabalhadores, uma pauta para retomada das negociações foi encaminhada à diretoria da fábrica, já que a alteração imposta nas condições firmadas em um primeiro momento foi negada pelos metalúrgicos.

Verdinho recorda que o Sindicato negocia, mas é na assembleia que as decisões são tomadas. “Ressaltamos que a assembleia é soberana. O Comitê Sindical vai para a mesa com a empresa e faz as negociações. Quem aprova ou não uma proposta são os trabalhadores em assembleia e isso tem que ser respeitado”.

No caso da empresa não responda, será adotada greve – respaldada pela Lei nº 7.783 de 28 de Junho de 1989, que dispõe sobre o direito à paralisação. “Temos a postura de diálogo e estamos abertos para que tudo seja conduzido da melhor forma, mas não podemos ficar parados diante da irresponsabilidade. Receber o valor acordado é um direito do trabalhador, seguiremos vigiantes a isso”, finaliza Verdinho.

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