Os trabalhadores e trabalhadoras da Kishima, empresa que atua no segmento de ferramentaria, aprovaram uma proposta de banco de horas negociada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal). A votação aconteceu presencialmente em assembleia realizada nesta quinta-feira, 13, na fábrica.
De acordo com Alessandro Marcelo Nunes (Marcelinho), responsável pela tratativa com representantes da empresa, a Kishima estava estava praticando um acordo de banco de horas próprio, sem consultar o SMetal ou passar pelo crivo dos trabalhadores em assembleia. A fábrica alegou que teve problemas financeiros por conta dos impactos do cenário econômico para o setor de carros e veículos, onde estão os principais clientes da empresa, como a montadora Ford. Desta forma, para não realizar demissões, começou a praticar o banco de horas.
Durante uma reunião com representantes da empresa na ultima semana, os dirigentes sindicais comunicaram que entendiam o período em que a empresa se encontrava, mas cobraram que a entidade pudesse participar da construção deste acordo e estabelecer regras para a execução do mesmo. A Kishima acatou o modelo de banco de horas estabelecido pelo Sindicato e, desta forma, uma assembleia para apreciação da proposta pelos metalúrgicos foi agendada.
“Com acordo do Sindicato, o trabalhador ganha um dia de trabalho no final do ano. Além disso, caso trabalhe aos sábados, um desses dias será contabilizado como banco de horas mas, o outro, ficará como hora extra a ser assumida pela fábrica”, comenta Marcelinho sobre o assunto. Ele lembra que, aos domingos e feriados, os trabalhadores receberão 100% pagos. O acordo tem validade de um ano e sua vigência vai de 20 de julho até 19 de julho de 2024.