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Trabalhador em risco: Mais de 20 empresas negam férias coletivas

Em nota oficial, Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba denuncia empresas que se recusam a negociar medidas para que o trabalhador fique em casa durante o período mais crítico de contágio da doença. Clarios, JCB, Metso e Prysmian são algumas delas; confira abaixo a lista completa.

Notal oficial do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região
Arquivo/Imprensa SMetal
Metso, Clarios, JCB e Prysmian são algumas das empresas que se recusam a negociar férias coletivas ou qualquer outra medida para que os trabalhadores possam ficar em casa para prevenir o contágio da doença

Metso, Clarios, JCB e Prysmian são algumas das empresas que se recusam a negociar férias coletivas ou qualquer outra medida para que os trabalhadores possam ficar em casa para prevenir o contágio da doença

Desde o último sábado, 21, foi decretado em Sorocaba estado de calamidade pública como forma de prevenção à infecção ao coronavírus (Covid-19), obrigando o fechamento de diversos serviços locais, comércios, entre outros estabelecimentos de Sorocaba. O transporte público urbano, intermunicipal e rodoviário também está paralisado por 15 dias.

Na indústria metalúrgica, diversas empresas responderam à pauta enviada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) e estão seguindo a orientação da entidade e de órgãos oficiais de saúde, de concederem férias coletivas aos trabalhadores nos próximos dias. O requerimento foi enviado a todas as fábricas da base do SMetal.

Porém, na contramão dessas orientações, mais de 20 fábricas metalúrgicas se recusam a negociar férias coletivas ou qualquer outra medida como Sindicato para que os trabalhadores possam ficar em casa durante o período mais crítico de contágio da doença.

São elas: BFour; Clarios (antiga Jonhson Controls); Clesse; Controlflex; Ditrat, DPR; Ecil Equipe; Ecil Produtos; Etirama; Furukawa; GK 108; Grupo Isal (Alumiso, Aluisa e Isa); Grupo VMX; Jaraguá; JCB; Junior Flex (antiga Senior); Metso; MG Fundição; Prysmian; Seco Tools; Vesuvius, Vossloh Cogifer e Wec Cabos.

Para o Sindicato dos Metalúrgicos, a recusa dessas empresas em afastar os funcionários é uma irresponsabilidade com a saúde e até mesmo a vida dos trabalhadores e medidas drásticas serão tomadas caso não retrocedam na decisão, como realização de greve, além de denúncias a órgãos competentes e organizações internacionais – por se tratar de uma pandemia.

Se algum trabalhador ou trabalhadora for infectado nesse período, será de total responsabilidade do empregador e o Sindicato, enquanto representante dos metalúrgicos, irá cobrar da empresa qualquer fatalidade. Agora não é momento de ficar visando lucro, mas sim de prezar pela vida dos trabalhadores, de seus familiares e de toda a sociedade.

O SMetal, inclusive, já recebeu denúncias de que trabalhadores de algumas dessas empresas tiveram contato com pessoas que estão sob suspeita de contágio do vírus e está investigando a veracidade das informações.

Depois da primeira quinzena do mês de abril, considerado pelos órgãos oficiais de saúde como momento crítico para disseminação do vírus, a entidade reafirma que possui todas as condições e ferramentas jurídicas eficazes para negociar possíveis crises de teor econômico ou de produção e está aberta ao diálogo de forma permanente.

O momento é de garantir que o máximo de pessoas evitem se colocar em situações de contágio. Segundo o Ministério da Saúde, pelas projeções atuais, o sistema de saúde deve entrar em colapso ainda no mês de abril. Em várias partes do mundo, a situação foi agravada rapidamente e, por isso, a prevenção continua sendo o principal remédio contra o coronavírus.

Para denúncias e dúvidas, o trabalhador e trabalhadora da categoria pode entrar em contato de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h, pelo telefones (15) 3334-5400 e (15) 99697-3915 (WhatsApp), ou online, pelo ‘Denuncie’, no Portal SMetal.

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