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Temer trata diversidade à base de bombas e balas

A ação da PM de Brasília no dia 24 de maio foi violenta, desproporcional e covarde. Bombas de gás e balas de borracha eram atirados contra grupos de manifestantes, mesmo que não oferecessem risco

Imprensa SMetal
O saldo da barbárie repressora de Temer e Rollenberg foi de 49 feridos.

O saldo da barbárie repressora de Temer e Rollenberg foi de 49 feridos.

A ação da PM de Brasília no dia 24 de maio foi violenta, desproporcional e covarde. Eram visíveis as atitudes de despreparo, desequilíbrio emocional ou de sede de violência por parte de alguns policiais. Bombas de gás e balas de borracha eram atirados à vontade contra grupos de manifestantes, mesmo que estivessem a dezenas de metros de distância e desarmados.

Os ataques foram direcionados também contra repórteres de veículos de comunicação alternativos ou independentes. Muitos jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas foram atingidos. Inclusive repórteres da Imprensa SMetal ficaram sufocados com gás de pimenta e lacrimogêneo e um foi atingido na coxa por uma bala de borracha.

No meio da tarde, bombas de gás já estavam sendo arremessadas para o alto com a intenção de caírem sobre as cabeças de manifestantes; e balas de borracha eram disparadas na altura do peito de pessoas que estavam a mais de 50 metros das barreiras policiais.

Desproporção

Houve sim, além de Black Blocks, raros episódios de astes de bandeiras e pedras do gramado lançados a dezenas de metros contra pelotões policiais que, apesar de portarem coletes, escudos, capacetes, máscaras de gás, escopetas, lança-bombas, cães e cavalos, reagiram como se estivessem sob fogo cerrado.

No fim da tarde, helicópteros do polícia também passaram a despejar bombas de gás contra a multidão na Esplanada.

O saldo da barbárie repressora de Temer e Rollemberg foi de 49 feridos atendidos (fora aqueles que tiveram ferimentos leves e não procuraram socorro). Um dos feridos foi atingido no pescoço por munição letal.

Antes a liberdade; agora a repressão

Diferente de 2013 e 2015, quando as pessoas tiveram liberdade para protestar contra o governo em Brasília, no dia 24 de maio de 2017 o povo foi tratado à base de bombas de gás, balas de borracha e ataques letais da polícia.

No dia 25, Temer foi denunciado na ONU pela truculência inaceitável em um Estado Democrático de Direito. A denúncia foi apresentada por deputados federais da oposição.

Diferente do que ocorreu antes do golpe que levou Temer ao poder, desta vez os órgãos tradicionais de imprensa falaram menos do público e dos motivos do protesto e mais das ações isoladas de Black Blocks.

Quem acompanhou o ato da última quarta-feira, em Brasília, desde o início, como a imprensa SMetal e a própria diretoria da entidade, foi testemunha da injustiça criminosa cometida pelo governo contra a multidão.

Distância do povo

O recado dos golpistas foi claro: opositores do governo não poderiam chegar a menos de 300 metros da sede do poder.

Vale lembrar que, em 2013 e 2015, os manifestantes anti-Dilma puderam ocupar a rampa e o teto do Congresso, banhar-se no espelho d’água e passear pelos gramados do Palácio do Planalto, tudo sob fartos elogios da imprensa golpista.

Em 2015, os chamados “coxinhas” chegaram a queimar caixões de madeira, bandeiras, papel e outros materiais contra o PT a poucos metros do Planalto, sem quaisquer sinais de repressão.

Dois anos depois dos atos de 2015 e um ano após o golpe, a PM e o Exército são acionados para deixar a democracia e as manifestações populares bem longe das sedes do poder no Distrito Federal.

Arte: Cássio Freire
Compare: dois anos depois dos atos de 2015 e um ano após o golpe, a PM e o Exército são acionados para deixar a democracia e as manifestações populare

Compare: dois anos depois dos atos de 2015 e um ano após o golpe, a PM e o Exército são acionados para deixar a democracia e as manifestações populare

Confira vídeo abaixo com mais cenas da repressão, e veja aqui a galeria de fotos do ato

https://www.youtube.com/watch?v=kOE9hGg4lNs

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