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Economia

Sorocaba: cesta básica cai, mas ainda consome 89,89% do salário mínimo

Levantamento da Universidade de Sorocaba aponta que o valor total dos 34 produtos que compõem a cesta básica teve redução de -2,34% em agosto; por outro lado, a alta é de 10,28% apenas em 2022

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Custo continua alto para o sorocabano

Custo continua alto para o sorocabano

A cesta básica sorocabana, analisada pela Universidade de Sorocaba (Uniso), teve queda de -2,34% em agosto, depois de uma alta de 2,59%, registrada em julho. Com isso, o valor total dos 34 produtos de alimentação, higiene e limpeza continua elevado – R$ 1.089,49 – e consome 89,89% do salário mínimo.

De acordo com o levantamento da Uniso, alimentação e limpeza tiveram queda de -2,71% e -2,01%, respectivamente, em agosto. Por outro lado, os produtos de higiene pessoal subiram 1,83% em comparação com o mês anterior.

A pesquisa aponta ainda que, de forma ponderada, a carne – de 1ª e de 3ª, a batata, o frango e o óleo de soja foram os produtos que mais contribuíram para a redução da cesta básica na cidade.

As maiores quedas registradas em agosto estão nos preços da batata (-12,62%), extrato de tomate (-9,16%), água sanitária (-8,55%), sabão em barra (-9,78%) e detergente (-6,96%).

Por outro lado, a farinha de trigo teve alta de 9,03%, a farinha de mandioca de 6,86%, o biscoito de água e sal de 6,48%, o sabão em pó de 6,42% e o absorvente de 6,07%.

Ano acumula alta

Mesmo com a queda registrada em julho, puxada principalmente por medidas eleitoreiras do governo federal em relação aos preços dos combustíveis, a cesta básica sorocabana acumula alta 10,28% apenas em 2022.

Em um ano, o valor total dos 34 produtos analisados pela Uniso cresceu 13,83% e representa R$ 132,26 a mais pagos pelos sorocabanos.

Para Silvio Ferreira, presidente interino do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), a situação econômica continua preocupante. “Bolsonaro buscou meios desesperados às vésperas da eleição para baixar os preços, mas são medidas com prazo para acabar e que não surtem tanto efeito no bolso do trabalhador, que sofre há muito tempo com os preços de tudo, especialmente dos alimentos. Exemplo disso é que o metalúrgico teve perdas de 9,16% nos últimos 11 meses e cada vez tem dificuldade para pôr um prato de comida na mesa da família”.

Ele completa que é preciso recuperar o poder de compra da categoria e mudar o cenário político. “Seguimos lutando fortemente por uma Campanha Salarial que garanta reajuste digno para os trabalhadores e que garanta importantes direitos trabalhistas. Para além disso, nas eleições deste ano precisamos votar em quem está preparado para cuidar da economia e que esteja do lado da classe trabalhadora”.

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Alimentos bolsonaro Campanha Salarial Cesta Básica inflação Metalúrgicos Sorocaba
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