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TÁ CARO!

Sorocaba: Alimentação básica ficou 27,81% mais cara em um ano

Estudo da Uniso aponta mais uma alta na cesta básica sorocabana. Entre os produtos com maior aumento no ano estão o óleo de soja (67,53%), frango (57,70%), sabão em barra (52,54%), carne (47,97%) e açúcar refinado (45,67%).

Mariana M. Maginador/Imprensa SMetal
Cesta básica tem aumento em todo o país

Cesta básica tem aumento em todo o país

“Tá tudo muito caro!”. Quem já não ouviu ou falou essa frase provavelmente não mora no Brasil… É que além da percepção, os números confirmam que está mesmo tudo muito caro, principalmente quanto o assunto é a alimentação básica.

Em Sorocaba, a cesta básica teve um aumento de 27,81% se comparados os preços de agosto 2020 e agosto de 2021, isso representa R$208,24 a mais que saem do bolso de quem já sofre com vários aumentos. O preço total da cesta básica chegou a R$957,13.

Esse valor consome 87,01% do salário mínimo brasileiro, que hoje é de R$1.100. Os dados são de estudo divulgado pelo Laboratório de Ciências Aplicadas da Universidade de Sorocaba (Uniso) e mostram que também houve aumento se comparado com julho de 2021: 0,18%.

FONTE: Laboratório de Ciências Aplicadas - Uniso
Variação de preços de produtos da cesta básica nos últimos 12 meses

Variação de preços de produtos da cesta básica nos últimos 12 meses

Entre os produtos com maior alta de agosto a agosto, estão o óleo de soja (67,53%), frango (57,70%), sabão em barra (52,54%), carne (47,97%) e açúcar refinado (45,67%). Dos 34 itens que compõe a cesta básica sorocabana, só sete apresentaram queda: extrato de tomate (-1,85%), batata (-3,71%), desodorante (-3,75%), papel higiênico (-5,72%), feijão (-8,83%), alho (16,60%) e a cebola (-41,08%). Veja tabela completa ao lado.

Nós já mostramos em outra reportagem que o metalúrgico chega a gastar metade do salário só com a alimentação básica. Somado com gás de cozinha e combustível, o trabalhador chega a comprometer 73% do salário.

Para Leandro Soares, presidente do SMetal, é mais um peso no bolso do trabalhador. “Com o preço que os alimentos chegaram, sobrar alguma coisa no final do mês é raro. Estamos com a corda no pescoço e a situação piora a cada mês. É por isso que nossa luta pelo trabalhador não vai parar, estamos em plena Campanha Salarial da categoria e precisamos valorizar os salário acompanhando a inflação, que chegou a 10,42% e ainda garantir aumento real a todos”, conclui.

Tendência nacional

A alta não é exclusividade de Sorocaba. De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), das 17 capitais analisadas 13 tiveram aumento no custo médio da cesta básica.

Ao comparar agosto de 2020 a agosto de 2021, o preço dos alimentos básicos subiu em todas as cidades que fazem parte do levantamento, oscilando de 11,90% em Recife a 34,13% em Brasília.

São Paulo aparece em terceiro lugar no aumento (20,47%) e também tem a terceira cesta básica mais cara do país: R$650,50, esse valor corresponde a 63,93% do salário mínimo líquido. O paulista precisa cumprir uma jornada de trabalho de 130 horas e 6 minutos para conseguir comprar a cesta básica.

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