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SMetal denuncia ZF no Ministério Público contra discriminação

A planta 2 do Grupo ZF, em Sorocaba, está discriminando trabalhador lesionado com a obrigatoriedade do uso de colete amarelo. SMetal entrou com denúncia no Ministério Público do Trabalho na terça, 4

Imprensa SMetal
Arte: Cassio Freire
Mesmo com mais de 10 anos na fábrica, a empresa impôs ao trabalhador lesionado um colete amarelo com a frase “em treinamento”

Mesmo com mais de 10 anos na fábrica, a empresa impôs ao trabalhador lesionado um colete amarelo com a frase “em treinamento”

O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), por meio do departamento jurídico, entrou com denúncia nesta terça-feira, dia 4, no Ministério Público do Trabalho contra o Grupo ZF, em Sorocaba.

A planta 2 do grupo ZF (antiga Lemforder) está discriminando trabalhador lesionado com a obrigatoriedade do uso de colete amarelo. Mesmo com mais de 10 anos na fábrica, a empresa impôs um colete amarelo com a frase “em treinamento”.

A orientação do Comitê Sindical de Empresa (CSE) foi para que o trabalhador não utilizasse a vestimenta, mas o trabalhador sofreu pressão da chefia. “Nenhum trabalhador está livre de sofrer com lesão por esforços repetitivos ou por outra doença ocupacional. Mesmo assim, ocorre discriminação na fábrica entre colegas, imagina uma situação dessa, na qual a própria empresa que lesionou promove mais essa injustiça e tenta justificar como uma instrução de Trabalho-RH – 001?”, comenta o dirigente sindical Marcos Roberto Coelho (Latino).

A discriminação é tão prejudicial que pode causar doenças psicológicas, como depressão, nos trabalhadores. No fim do ano de 2011, um trabalhador lesionado da ZF do Brasil (planta 1) suicidou-se deixando uma carta lamentando a forma como a empresa e o INSS vinham tratando seu problema.

O presidente do SMetal, Leandro Soares, ressalta a luta do SMetal para que as empresas cumpram as negociações de jornadas de trabalho justas, para evitar sobrecarga, entre outras frentes de atuação para garantias de um trabalho digno.

“Além de se doar para o trabalho muitos ainda acabam comprometendo suas vidas. Quando ocorre uma doença causada pela rotina de trabalho, o profissional não pode se sentir culpado por ter adoecido, mas a lógica atual é perversa. Por isso, nós atuamos para reivindicar os direitos e reverter essa lógica”, afirma.

De acordo com o advogado do SMetal, Marcio Mendes, após a realização da denúncia ela será distribuída para um dos Procuradores do Trabalho, que fará um despacho acolhendo e transformando em Inquérito Civil ou mandando arquivar.

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