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Setor metalúrgico tem melhor faturamento de exportação dos últimos 10 anos

Vendas de itens metalúrgicos para o exterior somam US$841,6 milhões. Total representa 93,5% de tudo que é exportado pelo município de Sorocaba.

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Indústria de automóveis de passageiros teve aumento de 44,05%

Indústria de automóveis de passageiros teve aumento de 44,05%

O setor metalúrgico de Sorocaba registrou, de janeiro a agosto de 2021, o melhor faturamento dos últimos 10 anos em vendas de itens para o exterior. A soma chega a US$841,6 milhões e representa 93,5% da exportação do município.

Se converter esse número pelo valor médio da cotação do dólar – R$ 5,34 – o montante de exportação no período equivale a R$ 4,49 bilhões.

Os valores mostram mais um motivo para que os trabalhadores do setor tenham um aumento real na atual Campanha Salarial, liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e região (SMetal).

Os dados foram levantados pelo DIEESE, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, com base no portal de estatísticas do comércio exterior – Comex Stat – do Ministério da Economia.

Para o economista Fernando Lima, responsável pelo estudo, as empresas estão aproveitando a desvalorização do real.

“Quem determina o valor do câmbio, são as próprias condições do mercado. Essa oportunidade que as empresas estão vendo têm relação com o preço dos produtos em si, quando o real está desvalorizado, fica mais barato o produto brasileiro no cenário internacional. Além disso, as próprias decisões de algumas empresas estão interferindo nesse resultado, por exemplo, a montadora de veículos que fabrica e exporta para mais de 22 países um produto com maior valor agregado”, explica o especialista.

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Exportação teve aumento nas metalúrgicas em Sorocaba-SP

Exportação teve aumento nas metalúrgicas em Sorocaba-SP

Entre os itens com maior representatividade estão: automóveis de passageiros, que representa 44,05% do volume exportado; partes e acessórios de veículos automóveis, com 11,7%; em terceiro lugar máquinas rodoviárias, representando 7,99%; na sequência máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, com 6,68% e em quinto, máquinas e aparelhos para mineração, com 5,22%.

Para o presidente do SMetal, Leandro Soares, é importante lembrar que o presidente Jair Bolsonaro tem péssimas relações internacionais, o que gera instabilidade na confiança do mercado externo em relação ao Brasil.

“O Governo Federal, além de não ter uma política de valorização da indústria nacional, dificulta as relações com países importantes, entre eles a Argentina e a China, dois dos nossos principais parceiros. Com isso, o cenário comercial fica bastante prejudicado”, afirma.

Os resultados mostram a importância de intensificar a mobilização da categoria. “Mesmo com a pandemia, o trabalho não parou e é isso que permite resultados tão positivos. A diretoria do SMetal lutou para que os trabalhadores e trabalhadoras continuassem a trabalhar com segurança, valorização real, garantia de emprego e renda, por isso é importante que eles recebam a parte que lhes cabe”, afirma Leandro.

Indústria só cresce

Outros dados divulgados pelo SMetal em agosto mostram que o setor industrial está em alta. No setor de reposição de peças, houve crescimento de 38% nos últimos doze meses. O setor de máquinas agrícolas tem previsão de 20% de crescimento neste ano.

Já o setor de máquinas e equipamentos têm projeção de crescimento entre 18 e 20% neste ano. No ano passado o mesmo setor cresceu 5%.

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