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Campanha Salarial

Paralisações atingem 33 empresas e 15 mil metalúrgicos no Estado

Os sindicatos filiados à FEM/CUT iniciaram as paralisações da Campanha Salarial nas suas bases na quarta, dia 18. Cerca de 14 mil metalúrgicos da base da Federação fizeram greves de 24 horas

FEM/CUT
Foguinho/Imprensa SMetal

Paralisação ocorrida na fábrica Flextronics

Os sindicatos filiados à Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT/SP (FEM-CUT/SP) iniciaram as paralisações da Campanha Salarial nas suas bases na quarta-feira, dia 18. Também pararam trabalhadores da base da CSP/Conlutas, em São José dos Campos.

Segundo levantamento preliminar da FEM, cerca de 14 mil metalúrgicos da base da Federação de 29 empresas de todos os grupos patronais (relação abaixo) fizeram greves de 24 horas, no caso do ABC, e em média quatro horas, em Sorocaba (Flextronics, CNH/Case, Toyota, Scórpios, TT Steel, Kanjico e Sanoh) e duas horas em Salto (Continental), que aconteceu na terça-feira. Na base da Conlutas, as paralisações atingiram cerca de mil metalúrgicos em quatro empresas de autopeças.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, na TI Automotive está acontecendo greve por tempo indeterminado e na Parker termina nesta quinta-feira. Nas metalúrgicas Schrader e Retim aconteceram atrasos na produção.

Nos demais sindicatos da base da FEM aconteceram assembleias prolongadas, que já haviam iniciado na semana passada, nas portas das fábricas e as direções dos Sindicatos disseram que há possibilidades de paralisações nesta quinta e sexta-feira. Em SJC, o movimento grevista continuará em outras fábricas da região.

Já na base da Intersindical, os sindicatos metalúrgicos de Campinas, Limeira e Santos farão uma assembleia geral no domingo, 22, para organizar a paralisação a partir de segunda-feira.

Ação Unificada

A estratégia de realizar paralisações unificadas foi ratificada em reunião com lideranças do ramo metalúrgico da FEM-CUT/SP, da CSP/Conlutas e da Intersindical, ocorrida na terça-feira, 17, na sede da CUT, e tem o objetivo de pressionar as bancadas patronais a apresentarem propostas econômicas que atendam à categoria metalúrgica.

A Federação Metalúrgica cutista reprovou todas as propostas econômicas apresentadas pelas bancadas patronais, que ofereceram reajustes que oscilaram entre 6,5% a 6,8%, sendo que foram propostos parcelamentos de aumentos reais com pagamento para 2014 que giraram entre 0,5% a 1,5%. Todas as bancadas também receberam na segunda-feira, 16, comunicados de greve da FEM.

Segundo o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques da Silva, Biro Biro, o balanço das paralisações neste primeiro dia no Estado foi positivo. “Mostramos aos patrões que estamos unidos e mobilizados e as greves e protestos aumentarão até que eles nos escutem e atendam às nossas reivindicações”, afirma.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, ressaltou a importância desse momento para o trabalhador. “Lutamos pelo aumento real de 2%, mas o que está em jogo não é só a questão salarial. Temos as cláusulas sociais, que precisamos renovar esse ano. Em 2014, a cláusula que garante a estabilidade no emprego ao trabalhador acidentado no trabalho ou doente ocupacional fará 25 anos. Essa é uma importante conquista dos trabalhadores que todos os anos vêm sendo atacada pelos patrões. E lutamos também contra o PL 4330, da terceirização e pela redução da jornada de trabalho, sem redução no salário”, reforça.

No total, estão Campanha Salarial na base da FEM 210 mil metalúrgicos e 150 mil nas bases da Conlutas e Intersindical.

Próximas rodadas

As negociações da Campanha Salarial continuam. A FEM se reunirá com a bancada do Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) nesta quinta-feira, 19, às 10h, na sede do Sindipeças. As próximas rodadas são na sexta-feira, 20, com o Grupo 10, no Sindilux, na FIESP e na segunda-feira, 23, às 10h, com o G2 na Abinee II, localizada à Av.
Paulista, 1439 – 6º. Andar. Já nos demais setores patronais ainda não há novas agendas, mas a negociação continua.

Balanço Base FEM-CUT/SP

ABC paulista

Cerca de oito mil trabalhadores metalúrgicos iniciaram paralisação de 24 horas nesta quarta-feira, 18, pela manhã nas cidades de São Bernardo do Campo, Diadema e Ribeirão Pires, em 21 empresas. São elas: Ribeirão Pires: Unitec e Mardel São Bernardo: Toledo, Fiann, Sogefi, Magna Cosma, Kostal, Selco, Serra Bucker, Grupo Kion (Still) , Backer, Metais Magnet e Asta Diadema: Grupo Dana e Dana Forjado, Affinia, Melling, TRW, Autometal, Metaltork e Robrasa.

As mobilizações no ABC já haviam começado desde a semana passada, quando ao todo mais de 18 mil metalúrgicos atrasaram entradas de turno, realizaram assembleias e aprovaram o estado de alerta pela pauta da Campanha Salarial.

Sorocaba

As paralisações duraram em média quatro horas e atingiram cinco mil metalúrgicos nas seguintes fábricas: Flextronics, CNH/Case, Toyota, Scórpios, TT Steel, Kanjico e Sanohs, localizadas no Parque Tecnológico de Sorocaba.

Salto

A greve aconteceu na terça-feira, 17, na fábrica Continental, do setor de autopeças, que tem 400 funcionários. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, estão acontecendo diariamente assembleias prolongadas nas portas das fábricas.

Demais sindicatos

Estão acontecendo assembleias prolongadas nas portas das fábricas, que já haviam iniciado na semana passada, nas bases dos sindicatos metalúrgicos de Araraquara, Bauru, Cajamar, Itu, Matão, Monte Alto, Pindamonhangaba, São Carlos, Itaquaquecetuba e Taubaté.

Balanço Base CSP/Conlutas- São José dos Campos

Na base da CSP/Conlutas, as paralisações atingiram cerca de mil metalúrgicos em quatro empresas de autopeças.Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, na TI Automotive está acontecendo greve por tempo indeterminado e na Parker termina nesta quinta-feira. Nas metalúrgicas Schrader e Retim aconteceram atrasos na produção. Segundo o Sindicato, as paralisações continuarão nesta quinta-feira, 19, e sexta em outras fábricas da região.

Intersindical

Já na base da Intersindical, os sindicatos metalúrgicos de Campinas, Limeira e Santos farão uma assembleia geral no domingo, 22, para organizar a paralisação a partir de segunda-feira.

Principais reivindicações da FEM-CUT/SP

As principais reivindicações são a reposição integral da inflação, o aumento real no salário, a valorização nos pisos salariais, a redução da jornada de trabalho, sem redução de salário e a ampliação e unificação de direitos em Convenção Coletiva de Trabalho.

A Campanha Salarial da FEM tem pauta cheia, ou seja, serão negociados com os patrões a renovação, a melhoria e a ampliação das cláusulas econômicas (aumento salarial e pisos) e sociais.

Confira a abaixo os setores metalúrgicos da base da FEM em Campanha:

Data-base: 1º de setembro

Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)
Total:75.500

Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos)
Total: 51 mil

Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros)
Total: 36 mil

Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)
Total: 35 mil

Estamparia
Total: 4.000

Fundição
Total: 4.000

Total: 205,5 mil metalúrgicos em Campanha

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