Diversos modelos de produção foram implantados no mundo do trabalho do século 20 para cá. A categoria metalúrgica já passou por transformações consideráveis, desde a conquista por uma jornada menos penosa, até a incorporação de processos a partir das novas tecnologias.
Mas em cada fábrica há uma realidade diferente. E não são somente as mudanças das técnicas de produção que afetam a vida do trabalhador, mas as recentes reformas, como a Trabalhista, que liberou a terceirização, e o contrato intermitente, além da crise social e econômica, que coloca 14 milhões de brasileiros no maior índice de desemprego do país.
A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) entende que entre os avanços e retrocessos nos direitos e nas configurações das relações de trabalho há uma incessante luta por dignidade e respeito.
Para compreender as novas mudanças que atingem a categoria, o Sindicato lança, este mês, uma pesquisa voltada tanto para associados e não associados. O presidente do SMetal, Leandro Soares, explica que o objetivo é a de criar uma ferramenta para facilitar o recebimento de críticas, sugestões e de informações que possam auxiliar a luta por direitos e a construção de um Sindicato de acordo com essa nova realidade.
“Ouvimos os trabalhadores nas fábricas, temos nossa sede à disposição dos metalúrgicos e nossos canais de comunicação, tanto a Folha como as redes sociais, nas quais também recebemos denúncias e dúvidas. Mas a pesquisa, por ter toda uma metodologia, vai facilitar a compilação dos resultados, que nos auxiliarão na representação dessa importante categoria”, afirma Leandro.
Como participar?
• Em breve, a pesquisa será enviada para o smartphone dos associados e poderá ser respondida uma única vez, a partir da informação do CPF. A pesquisa é sigilosa, nenhuma informação do trabalhador ou da trabalhadora será divulgada;
• Na próxima semana, estará disponível no Portal SMetal um link para que qualquer trabalhador ou trabalhadora da categoria, associado ou não, possa cadastrar seu número de celular e CPF para receber a pesquisa;
• Nas fábricas onde há Comitê Sindical de Empresa (CSE) os dirigentes estarão à disposição para receberem os números de celulares de trabalhadores que gostariam de dar sua contribuição na pesquisa, respondendo pelo smartphone ou computador.