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Diretas Já

O ato que a imprensa golpista não mostrou

Cerca de 200 mil pessoas, representando toda diversidade da população brasileira, reuniram-se em Brasília para pedir a saída de Temer e para protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária

Imprensa SMetal
Daniela Gaspari
Multidão de defensores das eleições diretas e do fim das reformas caminhou pacificamente pelo Eixo Monumental, mas foi recebida com violência quando se aproximou da Praça dos Três Poderes.

Multidão de defensores das eleições diretas e do fim das reformas caminhou pacificamente pelo Eixo Monumental, mas foi recebida com violência quando se aproximou da Praça dos Três Poderes.

O presidente ilegítimo Michel Temer e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), não tinham o direito de barrar à força uma manifestação popular legítima como a que aconteceu em Brasília no dia 24 de maio.

O ato público conteve uma representação clara da diversidade da população brasileira. Cerca de 200 mil pessoas, do campo e da cidade, da indústria e do comércio, da iniciativa privada e do serviço público, de todas as idades e etnias, reuniram-se em Brasília para pedir a saída de Temer e para protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária.

Mas as decisões irresponsáveis e truculentas de Temer e Rollemberg transformaram as imediações do Congresso e do Palácio do Planalto em uma praça de guerra.

Atos isolados

Com exceção de um grupo formado por algumas dezenas de pessoas sem ligação com os movimentos que organizaram o ato, a imensa maioria dos participantes pretendia apenas ocupar a praça dos três poderes para manifestar sua indignação diante do caos que os golpistas impuseram ao Brasil.

Porém a imprensa manipuladora transformou justamente a exceção em manchetes, dando destaque aos atos isolados e não ao volume e ao objetivo da manifestação: Fora Temer! Diretas Já! e não às reformas trabalhista e da previdência.

Marcha pacífica

A concentração de manhã, nas imediações do estádio Mané Garricha, foi marcada pela diversidade de movimentos, de perfis de público e de sotaques dos manifestantes. Todos os estados brasileiros estavam ali representados.

Bandeiras e carros de som traziam mensagens de movimentos da juventude, dos negros, das mulheres e de sindicatos das mais diversas categorias profissionais, incluindo alguns representantes de policiais, como Polícia Rodoviária Federal e Polícia Prisional.

A marcha de cerca de cinco quilômetros, pelo Eixo Monumental, até a entrada da Esplanada dos Ministérios, transcorreu de forma absolutamente pacífica.

Confira no vídeo abaixo cenas do ato e aqui para ver a galeria de imagens

https://www.youtube.com/watch?v=jKBAYOSY1T0

Intimidação

Quando a passeata chegou na Esplanada, a mais de 1 km do Congresso, os manifestantes já começaram a sentir os efeitos das bombas de gás. Quem seguiu em frente para exercer seu direito a protestar contra o governo e a retirada de direitos da população, foi recebido com intimidação e repressão.

Quem avançou ainda mais, no limite entre a Esplanada e a Praça dos Três Poderes, foi testemunha e vítima dos ataques que se viu nas redes sociais e nas TVs. Os órgãos da imprensa à serviço dos golpistas, porém, editaram as imagens para criminalizar todos os que participaram do ato, sem distinção.

Manifestação no Rio também exige Fora Temer

Movimento Diretas Já
Ato no Rio de Janeiro ocupou a praia e as ruas de Copacabana.

Ato no Rio de Janeiro ocupou a praia e as ruas de Copacabana.

Dezenas de milhares de pessoas se reuniram no domingo, dia 28, em Copacabana, para exigir a saída de Temer, o fim da truculência dos governantes, eleições diretas já e a paralisação das reformas que tramitam no Congresso Nacional.

Assim como aconteceu quatro dias antes no ato em Brasília, a manifestação popular mereceu destaque na imprensa nacional como um gesto de repúdio ao golpismo que se apossou do Brasil no ano passado.

A manifestação contou com a adesão de artistas como Caetano Veloso, Criolo, Mano Brown, Maria Gadú, Otto, Mart’nália, Wagner Moura, Antônio Pitanga, Osmar Prado, Daniel de Oliveira, Renato Góes, Humberto Carrão e Bete Mendes, entre outros.

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