Denilson Mirin, eleito o novo diretor-geral do Instituto Federal
Na quarta-feira, dia 26, o professor Denílson Mirin, foi eleito diretor-geral do campus de Sorocaba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). A votação foi aberta a funcionários e estudantes. O mandato de Denílson, que teve 61,87% dos votos, começa em janeiro de 2017 e vai até 2020.
Em entrevista exclusiva à Imprensa SMetal, Denílson explicou que, apesar dos cortes para a educação previstos pelo Governo Federal, vai procurar parceiros locais para que o IFSP mantenha seus planos de expansão em Sorocaba.
“Superar o corte de recursos, manter a pequena estrutura hoje existente funcionando, consolidar a marca IFSP na região e ainda batalhar pela expansão. Vejo esses como meus principais desafios”, afirma o professor.
Denilson explica que o cargo é um desafio ainda maior após a previsão de cortes dos investimentos do Governo Federal, uma possibilidade latente com a implantação do teto orçamentário para investimentos públicos por meio da PEC 55, que tramita no Senado (antiga PEC 241, aprovada pela Câmara Federal).
De modo geral, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), do governo Michel Temer, prevê congelar “gastos públicos”, incluindo investimentos em educação e outras áreas socais, por 20 anos.
“Somos um campus que deveria estar em expansão. Mas hoje, além do corte de orçamento atual, que é o que temos para custeio de equipamentos e manutenção do instituto, não temos previsão de recursos para fazer a reforma dos prédios da Fepasa concedidos para nós, que é a área para o nosso futuro do campus próprio”, afirma Denílson.
Sede provisória
Desde a implantação do campus Sorocaba, em 2014, o IFSP funciona no Núcleo de Educação, Tecnologia e Cultura da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), que fica no bairro Santa Rosália. O local foi adaptado para receber provisoriamente o instituto até que, segundo Denílson, o prédio da Fepasa esteja pronto para receber os alunos do IFSP.
Denílson reconhece que o desafio é grande. “Sabe-se que haverá um corte por parte do governo federal, mas não sabemos qual será este valor, qual será o orçamento que vamos contar para o ano de 2017, que é quando precisamos expandir “
O novo diretor afirma que parcerias municipais e regionais serão necessárias para dar continuidade ao projeto de um campus próprio para o instituto.
Uma audiência pública sobre o IFSP organizada pelo vereador Izídio de Brito (PT) no início de outubro, levantou a possibilidade de se promover uma articulação na Câmara para que os vereadores apresentem emendas impositivas ao Orçamento Municipal de Sorocaba prevendo investimentos no Instituto em 2017.
“Com essa verba poderíamos reformar um dos prédios [da Fepasa], o que está em melhores condições. Mas isto depende de os vereadores se unirem, aceitarem a proposta e destinarem a verba orçamentária”, pondera Denílson.
Uma outra opção apontada durante audiência foi a de uma concessão do governo do estado para a entidade funcionar em uma escola estadual. Mas, de acordo com Denílson, essa proposta é inviável devido aos vários setores e funcionários do IFSP que precisam estar juntos para dar assistência às necessidades pedagógicas e administrativas previstas na metodologia do Instituto.
“Não existe escola igual ao Instituto Federal. Nós temos uma estrutura disciplinar muito bem montada, e ela funciona com todo mundo junto”,
Cursos rápidos
Cursos de pequena duração já acontecem em escolas estaduais em Sorocaba e que, segundo o novo diretor, vão continuar. Também há casos de salas de aulas para cursos rápidos que funcionam em instituições parceiras, como é o caso do Sindicato dos Metalúrgicos, onde em 2016 foram ministrados cursos de Formação do IFSP.
O novo diretor
Denilson está envolvido com o projeto do Instituto Federal em Sorocaba desde 2012, quando foi a implantação foi proposta por Iara Bernardi PT), atualmente vereadora eleita. “Eu abracei essa ideia com a Iara Bernardi e nós conseguirmos trazer o IFSP para Sorocaba”, diz Denílson.
Segundo o diretor, quando houver reconhecimento da capacidade educacional do IFSP, os sorocabanos serão muito mais beneficiados. “O instituto ainda não é muito conhecido, mas na hora em que as pessoas o conhecerem, elas vão descobrir que somos completos. O aluno pode entrar no ensino médio no instituto federal, se graduar e sair pós-graduado”, explica.
