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Minha Casa, Minha Vida tem aumento com a RMS

A criação da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), que ampliou o teto do Minha Casa, Minha Vida para R$ 190 mil, aumentou o número de financiamentos habitacionais feitos por meio desse programa

Imprensa SMetal
Adival B. Pinto

Os irmãos Diego e Douglas Antunes, compraram juntos um imóvel usado pelo FGTS

A criação da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), que ampliou o teto do Minha Casa, Minha Vida para R$ 190 mil, aumentou o número de financiamentos habitacionais feitos por meio desse programa. De janeiro a outubro desse ano, a contratação pelo MCMV somou R$ 1.024 bilhão no conjunto de 57 municípios da Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal (CEF) de Sorocaba. Já os financiamentos feitos pelas cartas de crédito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) caíram na região e somaram R$ 633 milhões até outubro.

O montante em financiamento habitacional pelo Minha Casa, Minha Vida nos dez primeiros meses deste ano, na região de Sorocaba, cresceu 9,15% em relação ao mesmo período de 2013. Ao todo, o volume financeiro de janeiro a outubro do ano passado foi de R$ 938 milhões. Já o volume de contratações por meio desse programa passou de 8.820 para 10.297, o que representa um crescimento de 16,75%.

De acordo com Edson Previato, gerente regional da Construção Civil da CEF, o aumento se deu graças à aprovação da Região Metropolitana de Sorocaba. É que, com isso, o valor máximo para enquadramento dos imóveis no programa habitacional passou de R$ 145 mil para R$ 190 mil. “Porque muito mais unidades entraram no Minha Casa, Minha Vida na região”, explica Previato.

Cartas de crédito

Enquanto o volume financeiro e o número de contratos firmados pelo Minha Casa, Minha Vida cresceu de 2013 para 2014, a utilização das cartas de crédito SBPE e FGTS caiu na região de Sorocaba. De janeiro a outubro de 2013, o volume de financiamentos pelos dois sistemas tinham somado R$ 712 milhões. No mesmo período deste ano, contudo, o volume financeiro retrocedeu para R$ 633 milhões, o que significa uma queda de 11,1%.

Já o número de contratos firmados pelo SBPE e o FGTS juntos registrou queda de 21%. Nos 10 primeiros meses de 2013, foram feitos 5.870 contratos, volume que caiu para 4.619 até outubro deste ano.

Conforme o gerente regional da Construção Civil, Edson Previato, não existem diferenças para a aprovação entre as três formas de financiamento habitacional. No entanto, o lançamento de empreendimentos pelo MCMV, cujo processo em geral já tramita pela Caixa Econômica, torna a aprovação por esse programa mais ágil, ele diz.

Diferenças

O enquadramento no financiamento da casa própria pelo Minha Casa, Minha Vida ou pelas cartas de crédito SBPE e FGTS variam conforme a renda do comprador, o valor do imóvel e se este bem é novo ou usado, explica Previato. Assim, quem ganha até R$ 5 mil e quer comprar um imóvel novo, no valor máximo de R$ 190 mil, vai se enquadrar no MCMV.

A atuação no setor imobiliário da analista de marketing Adriele Corrêa foi essencial para achar o imóvel que queria e em um curto intervalo de tempo. “Quando saiu um empreendimento na Avenida Santa Cruz, que atende a minha preferência de localização e com um projeto que me agradou, iniciei os contatos com o corretor para levantar valores e taxas de financiamento”, explica. Em apenas 20 dias, ela diz que conseguiu fazer todos os trâmites do financiamento pelo Minha Casa, Minha Vida. Por essa modalidade, Adriele obteve, ainda, um subsídio de R$ 9 mil pelo programa habitacional.

Por outro lado, famílias que tenham renda superior a R$ 5 mil e que pretendem adquirir imóvel novo, enquadram-se no SBPE. Aqueles que recebem até R$ 5,4 mil e pretendem comprar imóveis usados, vão financiar pelo FGTS, enquanto os que tiverem renda maior que essa só podem financiar imóveis usados pelo SBPE. “Taxas de juros são as mesmas para o FGTS e SBPE”, acrescenta o gerente da CEF.

Com a renda conjunta maior que R$ 5 mil, os irmãos Diego, 29, e Douglas Antunes, 34, conseguiram adquirir um imóvel usado pelo FGTS. “Não pegamos o subsídio, mas abrimos conta na Caixa Econômica e isso deu um desconto”, comenta Diego. Segundo ele, a maior dificuldade foi encontrar um imóvel na zona leste de Sorocaba, conforme gostariam. “Essa etapa demorou de três a quatro meses, é a mais cansativa, mas conseguimos com a AE Patrimônio”, acrescenta Diego.

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