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Em Guarulhos

Metalúrgicos do Brasil e da Alemanha debatem impactos da Indústria 4.0

A Indústria 4.0 (revolução industrial) e seus impactos no Brasil e na Alemanha é tema da 5ª Conferência Expressões da Globalização que teve início nesta quarta-feira, dia 12 e segue até sexta, 14

Com informações da CNM/CUT
Adonis Guerra
 Da esq. para dir.: Albuquerque, Manuela e Ricardo Tamashiro técnico do Dieese

Da esq. para dir.: Albuquerque, Manuela e Ricardo Tamashiro técnico do Dieese

A 4ª Revolução Industrial e seus impactos no Brasil e na Alemanha foi tema de uma das mesas do primeiro dia da 5ª Conferência Expressões da Globalização que teve início nesta quarta-feira, 12, em Guarulhos.

A Conferência, que tem como tema “O futuro do trabalho e da Organização dos Trabalhadores na Geopolítica Mundial”, é uma realização da Fundação Hans Böckler (FHB), organizada pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), em parceria com o Instituto Integrar e o IG Metall (Sindicato dos Metalúrgicos da Alemanha).

Os diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) Abraão de Lima, Anderson da Silva (Copinho), Robson Lopes (Paraná), Luiz Herculano da Costa, Priscila dos Passos da Silva, Claudemir dos Santos (Borboleta) e Clodoaldo Lima participaram do encontro.

De acordo com Manuela Maschke, do Departamento do Trabalho e Cogestão da Fundação Hans Böckler, apesar das realidades distintas entre Brasil e Alemanha, o futuro do trabalho são semelhantes e precisa ter debate com movimento sindical. “Este processo de mudança do trabalho precisa ser debatido com os sindicatos, pois são eles que conhecem o funcionamento do chão de fábrica. Os conflitos deste processo de digitalização precisam ser debatidos com todos os atores do mundo do trabalho, por isso, defendemos fóruns de diálogo tripartite (sindicato, governo e empresa) para decidir os rumos desta digitalização do trabalho”, argumentou.

Manuela também apresentou os aspectos dicotômicos que acompanham a quarta revolução. “Temos novas perspectivas de um trabalho mais qualificado. Porém, com a polarização de empregos extremamente bem pagos e outros recebendo pouco por sua mão de obra. Sem contar com a flexibilização de horários e modo de trabalho. Ainda não é uma revolução, mas sim uma evolução”, explicou.

A metalúrgica da Scórpios e diretora do SMetal, Priscila Passos, realizou a mediação de um do debate “O trabalho do futuro”, na manhã desta quinta-feira, 13, com os palestrantes: Clemente Ganz Lucio, diretor técnico Dieese; Moritz Niehaus, do departamento do futuro do trabalho do IG Metall e Frank Kirchner, presidente da Comissão de Fábrica da empresa Scharader Industriefahrzeuge.

De acordo com Priscila “a conferência traz abordagens fundamentais para se compreender as novas configurações do trabalho e é importante que levemos para a categoria essas discussões”, afirma.

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