Na manhã desta terça-feira, 09, os trabalhadores e trabalhadoras da Sidor entraram em greve. Isso porque a empresa atrasou o salário e, ainda, dividiu em duas parcelas. Um primeiro valor foi pago no dia 5 e, como prometido pela direção da fábrica, uma outra parte seria acertada até o dia 10. Enquanto não houver pagamento, os trabalhadores ficarão em casa.
O dirigente sindical, Alessandro Marcelo Nunes (Marcelinho), explicou toda a situação em assembleia. Após debater com os companheiros, e entender os anseios e indignações de cada um, Marcelinho comunicou ao setor de recursos humanos que eles iriam para a casa. Além do atraso salarial, a produção também se encontra paralisada por falta de matéria prima.
“Imagina você ter as contas para pagar chegando, mas o salário não vem? Fora que os funcionários estão parados dentro da empresa porquê não tem serviço. Chegamos ao consenso de que seria melhor que eles estivessem com suas famílias até que a situação financeira se resolva e que exista trabalho”, explica o dirigente responsável pelas negociações com a Sidor.
Marcelo enfatiza, ainda, que os metalúrgicos da fábrica têm força de vontade e se dedicam ao que fazem, mas esse atraso – que já aconteceu em outros momentos – faz com que os companheiros fiquem indignados (e com razão). “Nós não estamos discutindo benefícios, queremos o básico que é o nosso salário. Parece que precisamos implorar”, disse um dos trabalhadores.
Agora, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) planeja uma nova reunião com o setor de recursos humanos e a direção da fábrica, para resolver essa situação o mais rápido possível.