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Metalurgia passou entre pais e filhos na família de diretores do SMetal

No Dia dos Pais, o Sindicato conta histórias de dirigentes que, além de ligados pelo DNA, também estão conectados pela profissão com seus pais e/ou filhos; conheça os personagens

Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal

Diretores do SMetal compartilham a metalurgia com seus pais e/ou filhos | Fotos: Arquivo Pessoal

Desde que se aposentou na antiga Albarus, hoje conhecida por Dana Indústrias, Guilhermino dos Santos Soares, 68, viu muita coisa mudar. Além das novas tecnologias, a metalurgia impactou diretamente sua família. Seu filho, Leandro Soares, seguiu seus passos e também se tornou metalúrgico.

A mudança, neste caso, aconteceu pois os planos do atual presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) eram outros. Leandro foi recrutado, ainda jovem, para jogar futebol profissionalmente por equipes do sul. Em 2002 ele adoeceu, ficou 24 dias em coma induzido e a vida tomou outro rumo.

Na volta para Sorocaba, com uma artrose no quadril que frustrou os planos de ser goleiro, foi em busca de recolocação profissional. Leandro iniciou na ZF do Brasil como operador de máquina, depois passou para preparador e até liderou o setor da produção de montagem.

Antes de se tornar um líder metalúrgico, Leandro foi menino. Uma criança brincalhona, cujo a lembrança mais antiga com o pai são os dias de lazer nos campos de futebol das periferias de São Paulo, cidade em que nasceu.

Além dos traços físicos parecidos com seu Guilhermino, ele também herdou do pai o amor e dedicação pela profissão. “Lembro que ele sempre teve orgulho de ser metalúrgico quando estava no chão de fábrica. Isso temos muito em comum”, disse.

Guilhermino e Leandro vieram de São Paulo para Sorocaba e ambos trabalham no ramo metalúrgico. Já Luiz e Valter compartilham a profissão e a aptidão para o sindicalismo | Fotos: Arquivo Pessoal

Luiz Otávio Ferreira (Luizinho), membro do Comitê Sindical de Empresa (CSE) na empresa CNH Case, também tem uma história parecida. O cenário dessas memórias é a Ferrovia Paulista S.A., ou Fepasa, que empregou seu pai por mais de 25 anos.

Era lá que Valter Ferreira, hoje aposentado, trabalhava. Uma das lembranças de infância para Luiz, é de quando o pai se reunia com os colegas para dividir o próprio almoço no refeitório da Fepasa, nas vezes em que ele e seus dois irmãos chegavam com fome da escola. Valter também foi funcionário da CNH Case, empresa em que o filho atua há 13 anos como soldador.

Além de serem soldadores, gostarem de pescaria, churrasco e de jogar bola, Luiz e Valter também compartilham o gene da luta pelos trabalhadores. “Meu pai é uma pessoa que visa o trabalhador, suas condições de trabalho e o respeito”, conta.

Ambos militaram no sindicalismo dentro de suas profissões, Valter foi sindicalista por cerca de 20 anos e Luizinho está no terceiro mandato como dirigente sindical.

Saldanha e Igor compartilham momentos e a mesma profissão, assim como Marcelinho e Gabriel que não dispensam música, cerveja e um truco com os amigos | Foto: Arquivo Pessoal

Outro exemplo dessa conexão de profissão é de Francisco Lucrécio Saldanha, diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos e seu filho, Igor Moraes Saldanha. Enquanto o pai esteve por 28 anos na base, trabalhando no ramo da fundição, Igor seguiu na área de logística e atualmente atua no segmento de distribuição de peças e insumos na montadora Toyota, na planta de Sorocaba.

Quando o assunto é profissão, Igor conta que o pai é uma pessoa firme e séria. “Por mais que ele seja brincalhão, na hora de trabalho é trabalho”, comenta. As memórias mais felizes, no entanto, são de situações em que ele e Saldanha estão em momentos de lazer. Uma das coisas que mais gosta de fazer na companhia do pai é jogar futebol às quartas-feiras, tradição que honram há mais de dez anos.

Já a memória mais antiga e querida é de quando ganhou um animal de estimação. “Uma das lembranças mais antigas que eu tenho com meu pai é quando ele me deu um ‘filhotinho’ de coelho. Acho que esse foi o dia mais feliz da minha vida”, relembra.

Quem também volta no tempo é Alessandro Marcelo Nunes (Marcelinho), dirigente sindical do SMetal. “Com 12 anos eu levava meu filho para conhecer a empresa que eu trabalhava e entender o que eu fazia. Ele sempre falava que um dia seria metalúrgico”.

Gabriel Magalhães Nunes, 24, trabalha na empresa Seco Tools e seguiu os passos do pai, que é retificador na Turn Parts, antiga Inovadoris. O gosto em comum pela metalurgia deixa Marcelinho orgulhoso. “A sensação é de que o filho está seguindo os passos do pai. Meu ensinamento sempre foi de ter compromisso, responsabilidade, ser um profissional exemplar e gostar o que faz”, diz.

Além de Gabriel, Marcelinho também é pai de Guilherme Magalhães Nunes, que não trabalha com metalurgia mas compartilha com o pai o gosto por música sertaneja, cultura caipira e um bom truco com cerveja. Marcelo também se arrisca como cozinheiro, já participou de diversos programas televisivos ensinando iguarias e também tem um buffet, em que Guilherme segue os passos do pai na lida com o negócio.

Nesse Dia dos Pais, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba parabeniza todos os metalúrgicos que colocam a paternidade em prática e compartilham com seus filhos momentos, gostos, memórias e, em alguns casos, até mesmo a profissão.

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