
O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular. Bandeiras e faixas tremularam a favor do retorno da democracia no país e palavras de ordem entoaram o “Fora Temer”.
Na noite desta quinta-feira, 20, a avenida Paulista, em São Paulo, recebeu milhares de pessoas contra o programa neoliberal implantado pelo governo de Temer (PMDB), que ataca direitos trabalhistas, previdenciários e sociais.
Um dos principais pontos do protesto na avenida foi a perseguição política do juiz Sérgio Moro, de Curitiba, contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva – condenado sem provas.
O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular, que é composto por diversos movimentos sociais e sindicais. Bandeiras e faixas tremularam a favor do retorno da democracia no país e palavras de ordem entoaram o “Fora Temer”.
Marcaram presença no ato diversas lideranças, como a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o militante do MST, Gilmar Mauro, do MTST, Guilherme Boulos e o presidente da CUT, Wagner Freitas.
Lula encerrou o ato, defendendo a saída de Michel Temer e eleições diretas. Criticou a reforma trabalhista que, para ele, significa rasgar a CLT. Em entrevista ao Brasil de Fato, Lula disse que “ir para rua é um instrumento para que a gente consiga consolidar a democracia no Brasil”.
Para o dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, Izídio de Brito “a condenação do Lula é uma tentativa de enfraquecer não só ele, mas toda a luta dos trabalhadores que se mobilizam por seus direitos, e suas organizações, como os sindicatos”.
“A justiça que, ao mesmo tempo devolve o mandato para Aécio Neves, mesmo com muitas provas contra ele, condena Lula sem nenhuma. E essa justiça é um dos braços do golpe”, afirma Bárbara Pontes, do Levante Popular da Juventude. Para o movimento, o golpe tem como objetivo aprovar reformas que retiram direitos do povo brasileiro e é a resposta dos mais ricos para a crise econômica.
Dia nacional de lutas
Além da manifestação em São Paulo, pelo menos outras 10 capitais tiveram mobilizações sendo organizadas, como em Recife, Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília.
Em Fortaleza, o ato foi remarcado após invasão na sede da CUT/Ceará.
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