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Coleta seletiva

Lippi ignora apelo e acordo para coleta seletiva remunerada não sai

Secretário de Parcerias Roberto Juliano, que representou Lippi, disse ser contra remuneração dos catadores

Imprensa Smetal Sorocaba
Foguinho/ Arquivo/SMetal
Prefeito Vitor Lippi (1° plano) ao lado do vereador Martinez (sentado) e do vice-prefeito José Ailton durante cermônia de posse do seu 2° mandato

Prefeito Vitor Lippi (1° plano) ao lado do vereador Martinez (sentado) e do vice-prefeito José Ailton durante cermônia de posse do seu 2° mandato

O prefeito Vitor Lippi (PSDB) ignorou um apelo da Câmara e não participou de uma reunião marcada para a manhã desta quarta-feira (7), no Paço Municipal, entre o chefe do Executivo sorocabano e diversos vereadores.

O encontro, que trataria de um acordo entre a Prefeitura e o vereador Izídio e Brito (PT), sobre um projeto de lei que remunera os catadores de recicláveis em Sorocaba, fora marcado na última quinta-feira, dia 1°, pelo líder do governo na Câmara, o vereador Paulo Mendes (PSDB).

Para o vereador Izídio, Lippi está deixando passar a chance de Sorocaba se tornar referência nacional na universalização da coleta seletiva solidária.

Sem acordo

Sem participar da reunião, Lippi mandou o secretário de Parcerias, Roberto Juliano, responsável pela coleta seletiva do município, representá-lo. Mas Juliano se manifestou contra a remuneração das cooperativas de catadores.

Rodrigo Moreno, secretário de Governo e Planejamento, e os vereadores Paulo Mendes e João Donizeti do PSDB) e Luís Santos e Ditão Oleriano, do PMN, também participaram da reunião.

A proposta do vereador izídio é do ano passado e desde outubro o parlamentar aguarda um posicionamento de Lippi sobre o projeto. O prefeito se mostra entusiasmado pela iniciativa, mas não toma decisão em favor da proposta.

O projeto

O projeto apresentado pelo vereador, que está parado na Câmara justamente porque o prefeito abriu negociação para corrigir possíveis problemas de inconstitucionalidade, institui o Programa de Coleta Seletiva Solidária em Sorocaba.

Pela proposta do vereador, o Paço pagaria o mesmo valor – R$ 103 por tonelada – para os catadores, que deveriam se organizar em cooperativas.

Além de ampliar a coleta seletiva na cidade com inclusão e melhora dos rendimentos dos catadores, o vereador argumenta que a proposta também protege o meio ambiente. “O volume de reciclagem em Sorocaba seria imensamente maior e não aumentaria nenhum custo à prefeitura. Ela apenas iria deixar de pagar a empresa pela coleta convencional e passaria a remunerar os catadores”, diz o parlamentar.

Em votação

O projeto da coleta seletiva com remuneração dos catadores, mesmo com um parecer contrário da assessoria jurídica da Câmara estava na pauta de votação da sessão da última quinta. Mas a pedido do vereador Paulo Mendes, líder do governo, Izídio pediu a retirada do projeto para que houvesse, nesta quarta, a rodada de negociação com Vitor Lippi.

Como o prefeito faltou à reunião e seus representantes no encontro não apresentaram propostas alternativas, o projeto será votado nesta quinta (8). “Ficou claro que existe falta de vontade política em solucionar a questão. E não existem mais motivos para continuarmos a negociar. Não podemos esperar mais”, conclui o vereador.

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