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50 anos do golpe

Izídio é eleito presidente da Comissão Municipal da Verdade

A primeira ação do grupo será a realização de uma audiência pública, que irá ocorrer nesta sexta-feira, 28 de março, a partir das 9h, na Casa de Leis

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa Smetal

Após a realização de uma reunião entre os membros da Comissão Municipal da Verdade “Alexandre Vannucchi Leme” na tarde desta terça-feira (25), na Câmara de Sorocaba, o presidente local do PT, vereador Izídio de Brito, foi nomeado como o responsável pela comissão especial. A primeira ação do grupo será a realização de uma audiência pública, que irá ocorrer nesta sexta-feira, 28 de março, a partir das 9h, na Casa de Leis.

Além de Izídio, a comissão ainda contará com o vereador Anselmo Rolim Neto (PP) como relator, e mais os parlamentares Saulo da Silva (PRP) e Neusa Maldonado (PSDB).

O presidente do PT de Sorocaba relembra que a bandeira do partido – desde a sua fundação – foi lutar juntamente com os movimentos sociais, principalmente na época em que o País ainda era governado por ditadores. “O PT nunca deixou de lado de batalhar ao lado de pessoas engajadas em prol do bem-estar do Brasil.”

Ainda de acordo com Izídio, esta comissão terá o compromisso de ouvir pessoas envolvidas em algum tipo de violação de direitos humanos durante os 21 anos de regime militar no País. Para dar o início a essas discussões, o presidente do PT irá realizar uma audiência pública que terá a presença dos deputados Iara Bernardi (federal) e Hamilton Pereira (estadual), ambos do PT, do psicanalista e professor de filosofia Daniel Lopes, precursor da criação da Comissão da Verdade no município, e da jornalista Fernanda Ikedo, autora do documentário Porque Lutamos!, que retrata sobre uma série de pessoas, principalmente de sorocabanos, que sofreram com o regime militar.

Personagens

Também terá a presença, durante a audiência pública, de Miguel Trujilo Filho, que integrava o Partido Comunista e atuava junto à juventude em Sorocaba foi preso sem mandado judicial e sem prisão preventiva.

E também de Francisco Gomes, que durante a ditadura militar tornou-se guerrilheiro da organização Ação Libertadora Nacional (ALN). Chico Gomes, como é conhecido, foi condenado à revelia a 15 anos de prisão, no processo nº 85/70, na 2ª Auditoria da Segunda Jurisdição Militar. Viu-se na necessidade de sair do País, ante o cerco promovido pela repressão em busca de sua prisão, chegando inclusive a prenderem sua esposa, filhas e irmã, na busca incessante de seu paradeiro.

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