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Economia

Importações no setor automotivo levam risco ao emprego no Brasil

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e CNM/CUT defendem retorno da alíquota de importação de 15% e plano de nacionalização de peças

Imprensa Metalúrgicos do ABC
Valter Bittencourt

O movimento sindical metalúrgico da CUT continua a pressionar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio pelo retorno da alíquota de importação de 15% para autopeças. Com a atual alíquota de 9%, o aumento da produção de carros e o real valorizado, o crescimento das importações de autopeças tornou-se preocupante.

“Quanto mais compras de peças feitas no exterior é menor sua produção no Brasil, fazendo cair os empregos no setor”, alertou ontem o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.

Ele também chama a atenção para a necessidade de todo o setor automotivo discutir um plano de nacionalização de peças, que inclua tecnologia, desenvolvimento, formação e qualificação de trabalhadores.

“Se a tendência de comprar lá fora se mantiver, em breve restará pouco do que é produzido aqui”, previu.

Sergio Nobre lembrou que os metalúrgicos da CUT fazem um movimento de contrapressão ao das montadoras, que querem outras facilidades para importar ainda mais peças.
“Por isto defendemos que o setor seja rediscutido, com uma redefinição dos índices de nacionalização. Afinal, falamos do risco que correm 28 mil empregos nas autopeças apenas em um primeiro momento. Se não houver um equilíbrio, muito mais vagas serão fechadas”, finalizou o presidente do Sindicato.

Distorção
Hoje, um carro tem 20% de peças estrangeiras, em média, enquanto há 12 anos eram 5%. Ano passado, o País gastou R$ 16,3 bilhões em peças importadas no País, enquanto o segmento vendeu para o exterior R$ 11,8 bilhões.

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