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Fim de semana

Grupo Trança apresenta espetáculo gratuito no Barracão Cultural

O espetáculo conta com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal)

Imprensa SMetal
Divulgação
Três crianças, netos da mesma vó, inventam brincadeiras enquanto recontam as histórias que a vó contou, em algum outro dia e lugar.

Três crianças, netos da mesma vó, inventam brincadeiras enquanto recontam as histórias que a vó contou, em algum outro dia e lugar.

O Grupo Trança de Teatro apresenta o espetáculo “Ilu Okan – O que minha vó me contou”, nos próximos dias 9 e 10, às 16h, no Barracão Cultural, que fica ao lado da Estação Ferroviária de Sorocaba.

A entrada é gratuita. De acordo com o grupo, “ILU OKAN * O QUE MINHA VÓ CONTOU”, que conta com coordenação geral de Marco Antonio Fera, o espetáculo é um encontro com a memória das histórias que reinavam no imaginário da avó.

À medida que as histórias são contadas vão se tecendo os acontecimentos do presente, pela relação que as crianças estabelecem com um lugar fora do quintal, onde está acontecendo um velório. Elas, apartadas do velório, vão recontando histórias de heroínas e heróis negros; Sundiata (descendente de família real do Mali), Dandara (guerreira, companheira de Zumbi dos Palmares), Janaina (em referência a Iemanjá, divindade africana, mitologia Ioruba/região da Nigéria e Benim)

As crianças se divertem, cantam, e recriam a seu modo, as histórias como quem recolhe pedaços soltos de uma colcha de retalhos, na busca de sentido para a falta da avó, inscritos em uma poética cênica com tons de um realismo fantástico que a tudo permeia.

O quintal cenário está instalado sobre um grande “mapa” colorido, linhas sinuosas, quase abstratas, que delimitam o que seria, na sua porção maior o Continente Africano, dentro dele um espaço menor o Brasil, dentro deste um espaço ainda menor a cidade de Sorocaba. Esse mapa, sendo a representação do solo sagrado, ancestral, a raiz, o chão que nos segura, que nos mantêm. O solo para o qual seremos levados/deixados, após a vida chegar ao fim.

Os tambores também estão presentes, são eles que dão o tom das falas, o ritmo da natureza, a ginga dos corpos. Com eles “conversamos”, são eles que “monitoram” as batidas dos corações e das histórias. As crianças (Babu, Malaika, Zuri) com ele se relacionam e por eles são levadas nas brincadeiras cíclicas em volta do “mapa”.

Esses tambores ancestrais funcionam como um quarto personagem

Os figurinos são todos brancos. O branco da paz, o branco dos filhos de santo, o branco símbolo da pureza, o branco do ritual, o branco que reflete todas as cores. A esse figurino base, são agregados adereços que constroem os personagens de cada uma das histórias que as crianças vão contando. As crianças brincam de ser outros, sugerindo uma metalinguagem, com “histórias dentro da história” sobrepondo a narrativa, somando em dois os planos de ação cênica.

Escolas

O espetáculo que conta com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), onde o grupo fez os ensaios, percorreu dez escolas da cidade de Sorocaba. As apresentações fazem parte do projeto Caminhos de Ori, realizado com fomento da Lei de Incentivo à Cultura de Sorocaba (LINC), no edital de 2017

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