Busca
Doação de empresas

Fim de financiamento de campanha é um dos itens da reforma política

Decisão do Supremo Tribunal Federal desta quinta, dia 17, acaba com o financiamento empresarial à campanhas políticas e dá base para Dilma Roussef vetar projeto que autorizava doações para campanhas

Imprensa SMetal
Divulgação

Plebiscito popular recolheu quase 8 milhões de votos em favor de uma assembleia nacional constituinte para modificar o atual sistema político

Os movimentos sociais e sindicais que mobilizaram a sociedade para a urgência de um projeto de reforma política venceu mais uma batalha contra o reacionarismo do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo fim do financiamento empresarial às campanhas políticas.

A declaração do STF ocorreu na quinta-feira, dia 17, e deu base para a presidente Dilma vetar o projeto que autorizava as doações para as campanhas.

No início deste mês, aconteceu em Minas Gerais um encontro nacional e popular pela Constituinte do Sistema Político, promovido pela Frente Brasil Popular, que pretende unificar as ações dos movimentos.

A atividade marca um ano do plebiscito popular que recolheu quase 8 milhões de votos em favor de uma assembleia nacional constituinte para modificar o atual sistema político, com o intuito de pôr fim ao financiamento empresarial de campanhas eleitorais, ampliar a representação das mulheres e da população negra nos cargos eletivos, fortalecer os mecanismos de participação social na política, entre outros.

Trajetória de luta pela reforma

O plebiscito contou com a participação do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), que recolheu votos nas fábricas de Sorocaba e região.

No dia 24 de junho deste ano a diretoria do Sindicato participou da palestra do diretor executivo da CUT Nacional, Julio Turra, sobre o tema. Ele expôs sobre a importância da pressão popular para que as verdadeiras pautas da reforma política (e não as que foram votadas no Congresso) sejam concretizadas, aquelas que atendam as demandas para uma mudança nos sistemas eleitoral e político.

Em maio, diversos coletivos, movimentos sociais e sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores divulgaram um manifesto pela Mudança na Política Econômica e Contra o Ajuste. Além dos movimentos, o manifesto conta com diversos intelectuais como signatários. Entre eles: Marcio Pochmann, professor do Instituto de Economia da Unicamp e ex-presidente do IPEA no governo Lula; João Sicsú, economista e professor da UFRJ; Samuel Pinheiro Guimarães Neto, diplomata brasileiro e Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul; dentre outros.

Em março deste ano, o SMetal publicou um suplemento especial sobre o assunto. Confira clicando aqui.

tags
dilma roussef fim da doação de empresas financiamento empresarial de campanhas financiar Política projeto reforma politica
VEJA
TAMBÉM