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Campanha salarial

FEM-CUT/SP dá início as negociações com a Fundição

Plano de trabalho foi estabelecido com a bancada patronal

Imprensa SMetal
Marina Selerges/FEM-CUT
A Fundição está entre os grupos que atendeu a demanda da cláusula compromissória que cria a Mesa de Negociação Permanente.

A Fundição está entre os grupos que atendeu a demanda da cláusula compromissória que cria a Mesa de Negociação Permanente.

Na manhã desta quinta-feira, 10, aconteceu a primeira rodada de negociação com a Fundição. Os representantes dos trabalhadores/as apresentaram o plano de trabalho para a “Campanha Salarial 2017: Resistência Unidade e Luta”. A proposta, que foi aceita pela bancada patronal, prevê que as cláusulas pré-existentes sejam as primeiras a serem debatidas, posteriormente, as cláusulas novas, que são demandas do chão de fábrica e por último, as cláusulas de resistência, que têm como objetivo, barrar os efeitos da reforma trabalhista e da terceirização.

A Fundição está entre os grupos que atendeu a demanda da cláusula compromissória que cria a Mesa de Negociação Permanente, e que segundo os dirigentes da FEM-CUT/SP, faz que o período da Campanha Salarial seja mais enxuto e objetivo. Andrea Sousa, secretária da Mulher na FEM-CUT/SP, valorizou a relação entre as bancadas dos patrões e de trabalhadores/as. “Esse grupo tem uma postura diferente, as relações são respeitosas, e a nossa expectativa é que mesmo diante de uma reforma trabalhista que pretende eliminar os direitos trabalhistas, essa mesa continue sendo produtiva e que garanta a preservação dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”, disse Andrea.

Segundo representantes do SIFESP (Sindicato da Indústria da Fundição do Estado de São Paulo), em assembleia realizada com empresários, a entidade patronal orientou que as empresas não sejam cautelosas no que diz respeito à aplicação das mudanças contidas na reforma trabalhista. Raimundo Oliveira, assessor Jurídico da FEM-CUT/SP, propôs que seja assinada uma cláusula de salvaguarda. “Nossa proposta é que tenhamos um compromisso entre as partes de debater a reforma trabalhista quando sua versão final for aprovada”, explicou Oliveira, considerando as medidas que estão sendo tomadas por órgãos internacionais, pelo movimento sindical e até mesmo do Ministério Público do Trabalho para a revogação da reforma. Adilson Faustino, o Carpinha, secretário geral da FEM-CUT/SP destaca que se o patronal aceitar a clausula de salvaguarda será uma sinalização positiva. “A efetivação da reforma trabalhista ainda não está garantida e até lá, continuaremos resistindo. O compromisso do patronal em debater essas questões é de extrema importância”, afirmou Capinha.

As bancadas voltam a se reunir no próximo dia 18 de agosto.

Campanha Salarial 2017: Resistência Unidade e Luta

A data base da categoria é 1º de Setembro. A FEM-CUT/SP representa aproximadamente 198 mil metalúrgicos/as no Estado de São Paulo. A Campanha Salarial 2017 “Resistência, Unidade e Luta”, traz em sua identidade visual o resgate do Construtivismo Russo, linguagem estética e artística usada durante o período revolucionário russo para dialogar com a população por meio de cartazes e panfletos. Além de homenagear os 100 anos da Revolução Russa, a campanha também celebra os 100 anos da primeira Greve Geral no Brasil. “100 anos depois da Greve Geral de 1917, em 28 de abril de 2017, construímos a maior greve geral da história do Brasil. Em um momento como esse que vivemos, de ataques concretos contra nossos direitos é importante resgatar os diversos momentos de resistência da classe trabalhadora”, explica Luizão.

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