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Campanha Salarial

FEM-CUT orienta sindicatos a intensificarem mobilizações

O objetivo é pressionar as bancadas patronais a avançarem nas reivindicações da Campanha Salarial

Imprensa FEM-CUT

As negociações da Campanha Salarial do ramo metalúrgico cutista com as bancadas patronais dos Grupos 8 e 2 estão caminhando a passos lentos. Essa é a avaliação da Direção da FEM-CUT, que se reuniu nesta quarta, dia 11, com os dois grupos patronais na sede da FIESP.

A primeira rodada foi com o G8 e o debate travou na discussão da redução da jornada de trabalho de 44h para 40h, sem redução no salário, e na ampliação da licença maternidade de quatro para seis meses. A bancada do G8 argumentou que é difícil implantar esta medida nas fábricas em razão que 85% das empresas são de micro e pequenos portes. Já com relação à licença maternidade, a bancada se mostrou sensível e destacou a sua importância para a mulher e para a criança, no entanto, disse que submeterá para avaliação das empresas na próxima assembleia patronal, prevista para semana que vem.

Com relação ao Grupo 2, a negociação também debateu estas duas reivindicações e a bancada disse que analisará na próxima rodada (boxe abaixo).

Mobilização e pressão
O presidente da FEM-CUT, Valmir Marques (Biro Biro) orientou os 12 sindicatos metalúrgicos filiados em todo o Estado a intensificarem nas suas bases as assembleias orientando os trabalhadores para a mobilização. “Estamos chegando na segunda quinzena de agosto e a pressão dos trabalhadores tem sido grande nas bases em razão que a data-base é 1º de setembro. Vamos intensificar as mobilizações para pressionar as bancadas patronais a avançarem nas nossas reivindicações”, frisou Biro Biro.

Próximas rodadas e G10
A Federação continuará as negociações com os Grupos 8 e 2 no dia 18 de agosto (quarta-feira da próxima semana) na sede da FIESP. Na sexta, dia 13, a Federação continuará a negociação com a bancada do Grupo 10.

Além de continuar a negociação das demais reivindicações da pauta, a FEM reforçará a importância da bancada patronal incluir novamente na Convenção Coletiva de Trabalho a cláusula que garante estabilidade no emprego até a aposentadoria para os trabalhadores metalúrgicos vítimas de acidentes no trabalho e com doença profissional. Desde 2000, a Federação tem assegurado este importante direito aos trabalhadores por meio de medida judicial.

Principais reivindicações
Neste ano, a Federação negociará essencialmente as cláusulas econômicas com todas as bancadas patronais, em razão que as cláusulas sociais valerão até 1º de setembro de 2011. As principais reivindicações dos metalúrgicos da CUT são: 1) Reposição integral da inflação; 2) Aumento real nos salários; 3) Valorização nos pisos; 4) Jornada de 40 horas semanais, sem redução nos salários e 5) Licença Maternidade de 180 dias.

A FEM-CUT/SP tem 12 sindicatos metalúrgicos filiados em todo o Estado e é a interlocutora dos trabalhadores nas negociações da Campanha Salarial com as bancadas patronais.

A Federação negocia com seis bancadas: Montadoras (representada pelo Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Sinfavea), Grupo 2 (máquinas e eletrônicos) Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos), Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros); Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros) e Fundição. A data-base do ramo é 1º de setembro e estão na base da Federação cerca de 250 mil metalúrgicos e metalúrgicas em todo o Estado.

Calendário das rodadas da FEM-CUT
Grupo 10

Data: 13 de agosto (sexta-feira)
Horário: 10h
Endereço: FIESP 11º andar – sl 1150

Grupo 8
Data: 18 de agosto (quarta-feira)
Horário: 10h
Endereço: FIESP Av. Paulista 1313 – 7º andar Sicetel

Grupo 2
Data: 18 de agosto (quarta-feira)
Horário: 14h
Endereço: FIESP Av. Paulista 1313 – 7º andar Abinee

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