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Greve dos Caminhoneiros

Empresas de Sorocaba retomam produção e contam prejuízos

As indústrias da região retomaram a produção no início da semana e tentam normalizar a chegada dos insumos, e buscar formas de negociar com os trabalhadores formas de compensação dos dias parados

Jornal Cruzeiro do Sul
ERICK PINHEIRO / ARQUIVO JCS (16/1/2015)
A montadora Toyota transportou peças em helicópteros

A montadora Toyota transportou peças em helicópteros

As indústrias da região de Sorocaba retomaram a produção no início da semana, após suspenderem as atividades por causa dos reflexos da paralisação dos caminhoneiros. Contudo, ainda tentam normalizar a chegada dos insumos, além de contabilizar os prejuízos e buscar formas de negociar com a categoria dos trabalhadores formas de compensação dos dias parados.

Atingidas pela falta de peças e matérias-primas, grandes indústrias da região suspenderam a produção, retomando depois do feriado prolongado de Corpus Christi. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), ZF, Bosch, Metal Borracha e Metalac estavam com as atividades paralisadas desde o dia 28 de maio. Na Toyota, mesmo após a empresa ter utilizado helicópteros para receber peças e produzir no dia 25, a montadora voltou a parar no dia 28.

O diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Sorocaba, Erly Domingues de Syllos, diz que embora as empresas da região já tenham retomado as atividades ainda há dificuldades com alguns fornecedores e a expectativa é de que a situação seja normalizada gradativamente. Ele observa que apesar do funcionamento normal do porto de Santos há paralisação parcial dos auditores fiscais, que prejudica o recebimento de insumos e componentes vindos do exterior.

“A maioria das empresas ficou praticamente dez dias sem faturar”, lamenta Syllos. De acordo com ele, as empresas contabilizam os prejuízos, mas adianta que ao menos parte não poderá ser recuperada, pois alguns clientes acabaram adquirindo os produtos que necessitavam de outros fornecedores. “Vai ter reflexos em todos os sentidos.”

De acordo com o presidente do SMetal, Leandro Soares, a empresas estão ainda debatendo com os trabalhadores formas de compensação dos dias não trabalhados, conforme a convenção coletiva de cada categoria. Sobre a greve, ele afirma que a entidade é favorável às mobilizações como a dos caminhoneiros, desde que sejam democráticas, com aval das categorias e com pautas benéficas aos trabalhadores e população.

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