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Em audiência pública, sindicatos pedem ampliação do Cerest

Em audiência pública sobre trabalho precário realizada na Câmara de Sorocaba na sexta-feira, dia 24, movimento sindical pediu ampliação do Centro de Referência da Saúde do Trabalhador (Cerest)

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
A audiência foi proposta pelo vereador Izídio de Brito (PT) com o objetivo de discutir ações de combate ao trabalho precário

A audiência foi proposta pelo vereador Izídio de Brito (PT) com o objetivo de discutir ações de combate ao trabalho precário

Com participação de dezenas de representantes do movimento sindical, foi realizada na manhã desta sexta-feira, dia 24, na Câmara Municipal de Sorocaba, uma audiência pública que discutiu ações de combate ao trabalho precário. A audiência foi proposta pelo vereador Izídio de Brito (PT).

Além de colher mais de 50 propostas, todas apresentadas por representantes de Sindicatos e centrais sindicais, os participantes defenderam a necessidade de ampliação da estrutura do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).

Atualmente o Cerest de Sorocaba abrange 33 cidades da região e conta com apenas onze funcionários. “Esse número é insuficiente, sim. O trabalho desenvolvido pela nossa equipe é definido pela prioridade, mas a região é muito extensa, então existe demanda”, admitiu a coordenadora do Cerest, Renata Scudeler, em entrevista ao SMetal.

De acordo com dados do Cerest, somente no primeiro bimestre de 2013 foram registrados 485 acidentes de trabalho na área de abrangência do órgão. Para Renata, o número de trabalhadores lesionados em função da atividade profissional pode ser ainda maior já que, segundo ela, não existe nenhum banco de dados que mostra essa realidade. “O que nós temos é um pedacinho disso. Estamos tentando atuar nesse sentido, mas o que temos é apenas uma mostra e a partir dela nós trabalhamos para tentar melhorar”, acrescentou.

Para o vereador Izídio de Brito, a realização da audiência foi positiva, já que contou com participação de todas as centrais sindicais que, somadas, representam 70 sindicatos de 79 cidades da região. “A audiência foi unânime em dois pontos: primeiro em entender que nós temos que reestruturar o Centro de Referência de Saúde do Trabalhador; e em segundo, no sentido de fortalecer a unidade das centrais sindicais em prol da defesa da condição de todos os trabalhadores para fazer enfrentamento do trabalho precário”, avalia o vereador.

Precarização e informalidade

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região, Júlio César Machado, a precarização imposta pelas empresas tem como finalidade o desmonte do movimento sindical. “Eles querem acabar com a união dos sindicatos para, assim, conseguirem reduzir os direitos dos trabalhadores”, afirmou.

Presente na audiência, o gerente regional do Ministério do Trabalho e Emprego, Ediclei José de Almeida, destacou que o problema está presente em todas as áreas de atuação e não se restringe à questão da saúde e da falta de segurança do trabalhador. “A precariedade causa uma deterioração generalizada”, enfatizou.

Já o representante da Secretaria de Relações do Trabalho, Roberto Freitas, afirmou que levantamento aponta que cerca de 40 mil trabalhadores de Sorocaba são informais. Segundo ele, a pasta pretende formalizar 6 mil trabalhadores até o final deste ano.

Durante a audiência, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, Ademilson Terto da Silva, apresentou proposta de ampliação dos debates durante a Semana Municipal de Prevenção de Acidentes (Sempat). “Uma semana só é importante, mas pode ser mais ampla, com presença de todos os Sindicatos e com a participação de todos os cipeiros, para que tenhamos melhores resultados na diminuição dos acidentes de trabalho”, defendeu.

Além de representantes das secretarias de Relações do Trabalho, da Saúde, do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest) e de assessores do deputado estadual Hamilton Pereira (PT) e da deputada federal Iara Bernardi (PT), participaram da audiência pública os sindicatos das empregadas domésticas; vestuário; bancários; Servidores Públicos Municipais; radiologia; metalúrgicos e metalúrgicos aposentados; comércio; técnicos de segurança; construção civil; papel e celulose; turismo; professores; frentistas e químicos.

Renata Scudeler, coordenadora do Cerest ( Foto: Foguinho/Imprensa SMetal)

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