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Editorial: Juntos, fazemos a diferença!

Editorial da Folha Metalúrgica nº 979 traz um balanço das negociações da Campanha Salarial 2021 e fala sobre os desafios enfrentados pela FEM/CUT e SMetal até chegar às propostas que serão votadas nesta semana

Imprensa SMetal

Você, trabalhador e trabalhadora, sabe bem como os últimos tempos foram difíceis. A pandemia da Covid-19 chegou, nos deixou doentes e levou milhares de pessoas embora. Perdemos pais, mães, irmãos, filhos… perdemos os amores das nossas vidas.

Você, metalúrgico e metalúrgica, enfrentou tudo com muita garra e coragem. Continuou, na maior parte do tempo, seguindo com seu trabalho, garantindo que a produção das fábricas não parasse. Sim, você fez a sua parte e ela tem um peso enorme. É pelo seu esforço que a indústria apresenta bons resultados e está com o faturamento em alta.

E é você, pai e mãe de família, que tem sofrido para garantir um prato de comida na mesa. Comprar alimentos básicos pesa no bolso, assim como ter um botijão de gás ou pagar uma conta de luz. Se pensar em quem paga aluguel, então, a coisa fica ainda mais complicada. No fim do mês, pouco sobra para outras despesas, para um momento de lazer.

Nesse contexto, a Campanha Salarial é um importante momento de cobrar a valorização, o reconhecimento de cada trabalhador e trabalhadora. É tempo de lembrar que o patrão não é bonzinho, não é ele quem te dá emprego. Pelo contrato, é você quem vende a sua força de trabalho para garantir que a produção gire e que riquezas sejam geradas. Nada mais justo que você receba um reajuste que recupere seu poder de compra e lhe dê mais tranquilidade no dia a dia.

Mais uma vez, o patrão reclamou muito. Culpou a alta disso ou daquilo e tentou parcelar o reajuste. No entanto, os trabalhadores, mobilizados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), deixaram um recado bem claro: nosso trabalho não é prestação das Casas Bahia. Parcelamento, não!

Com isso, a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT) pressionou e, na maioria dos casos, reverteu a situação. A reposição cobre integralmente o que foi perdido pela inflação e com pagamento único. Além disso, garante a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), uma importante ferramenta de proteção aos direitos da categoria.

Mas há quem insista em tratar o trabalhador com desrespeito. Algumas bancadas ainda tentam parcelar o reajuste e retirar importantes direitos da CCT. Mas isso não é uma negociação que a FEM, o SMetal e os trabalhadores aceitam. Que os patrões não duvidem da capacidade de mobilização e luta da categoria.

Como já antecipa o slogan do SMetal, os metalúrgicos e metalúrgicas estão juntos hoje pelos direitos do amanhã!

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