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Demissões nas indústrias da região caem em julho

As demissões nas indústrias da região de Sorocaba caíram em julho na comparação com meses anteriores. A redução no ritmo pode indicar estabilidade e saldo positivo em contratações no final do ano

Jornal Cruzeiro do Sul/Marcelo Roma
Divulgação

Demissões nas indústrias estão em menor ritmo

O número de demissões nas indústrias da região de Sorocaba caiu em julho na comparação com meses anteriores. A redução no ritmo pode indicar estabilidade e saldo positivo em contratações no final do ano ou início de 2017. Nos 48 municípios abrangidos pela Diretoria Regional do Centro da Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) o saldo foi de 200 desligamentos no mês. Apesar de negativo, o volume é bem menor que junho, quando as demissões somaram 1.850; e que maio, quando foram 650. Os dados são da pesquisa Nível de Emprego Regional da Indústria (Neri), do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), e foram divulgados ontem. Junho é o mês de 2016 com maior número de demissões.

No ano, o acumulado é de perda de 5 mil postos de trabalho na região de Sorocaba, de acordo com o Ciesp. Nos últimos 12 meses, a redução foi de 12.700. Na comparação de julho deste ano com o mesmo mês de 2015, o resultado atual é melhor, pois no ano passado o saldo negativo de emprego na indústria regional somou 750.

Os segmentos que mais influenciaram negativamente o Neri na região de Sorocaba foram máquinas e equipamentos (variação de -5,56%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,77%), produtos de borracha e de material plástico (-0,46%) e produtos de minerais não-metálicos (-0,66%). Por outro lado, os segmentos que impediram que o saldo mensal fosse pior foram produtos alimentícios (3,76), confecção de artigos de vestuário e acessórios (2,68%), produtos químicos (1,43%), metalurgia (1,43%) e produtos têxteis (1,18%).

O 1º vice-diretor do Ciesp Sorocaba, Erly Domingues de Syllos, vê com otimismo a queda das demissões na região. Segundo ele, a tendência é que gradualmente o saldo de empregos se estabilize e volte a crescer. A previsão de Produto Interno Bruto (PIB) positivo para o ano que vem demonstra melhora na economia, diz Syllos. A proximidade do fim do ano também aumenta a expectativa de melhor desempenho para o comércio, que deve repor os estoques, com novas encomendas à indústria.

Para o representante do Ciesp, os melhores resultados na economia já estão acontecendo. Ele observa, no entanto, que a indefinição política quanto ao impeachment ainda freia investimentos nas empresas, inclusive por meio de capitais externos.

Estado

No Estado de São Paulo, a indústria perdeu 6 mil vagas de trabalho em julho, recuo de 0,26% em relação a junho. O saldo em 2016 é de 63 mil demissões no setor. “Teremos ainda algumas quedas, mas em menor dimensão do que há seis ou oito meses, mas podemos dizer que está se estabilizando”, diz o diretor titular do Depecon, Paulo Francini.

Das 36 regiões consideradas no levantamento, 25 tiveram variação negativa no nível de emprego em julho (incluindo a de Sorocaba), nove registraram aumento e duas ficaram estáveis. A região de Campinas teve aumento de 500 postos de trabalho, assim como São Paulo – capital (500) e Indaiatuba (200). (

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