O Cursinho Popular UNEafro, organizado pela sociedade civil de Sorocaba, procura por professores voluntários para atuar em aulas preparatórias para o vestibular. Há necessidade para todas as disciplinas do Ensino Médio, principalmente na área de exatas.
“O cursinho é totalmente gratuito e temos muita dificuldade para encontrar professores na área de exatas. Precisamos de educadores que entendam a nossa luta, que acreditem na educação e no acesso às políticas públicas. Temos ideia de educação libertária, com acesso para todos e todas. Não temos seleção, todos podem participar”, afirma Jair Vieira, idealizador e coordenador do projeto.
Um encontro acontece neste sábado, 29, para tirar as dúvidas dos voluntários e professores que tiverem interesse em se juntar ao projeto. A reunião será na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e região (SMetal), localizado na Rua Júlio Hanser, 140, Jardim Faculdade e é aberta para todos interessados.
Os professores também podem fazer contato pelo telefone 15 99177-8819 ou pelo e-mail [email protected].
Cursinho inclusivo
Fundado em 2014 no CEU das Artes no bairro Laranjeiras, a partir deste ano, o cursinho pré-vestibular gratuito será realizado em uma escola estadual no bairro Parque Vitória Régia e a previsão de início das aulas é dia 5 de março.
O cursinho já atendeu mais de 800 pessoas, de jovens a idosos interessados em cursar uma universidade. De acordo com o idealizador e coordenador do projeto, Jair Vieira, o novo local concentra vários bairros carentes e ocupações, e poderá atender mais alunos.
“A iniciativa foi minha junto com alguns jovens que já estão na universidade. A gente vê a dificuldade, a desigualdade para quem veio da escola pública, que tem que trabalhar, que não tem uma fonte de renda. É uma forma da gente ser a ponte, não deixar ninguém pra trás. Levar formação, informação, cultura, arte, círculos de debate. Ou seja, colocar a juventude e a sociedade periférica na pauta do debate político da cidade, do Estado, etc”, explica.
Para atender as mães solo, o projeto já tem voluntários que se disponibilizaram a cuidar das crianças enquanto as mulheres estão em aula. “A ideia é instalar uma brinquedoteca e um espaço para cuidar das crianças. É uma forma de também inserir essa criança num contexto seguro”, diz Vieira.
O cursinho não tem seleção, todos interessados poderão participar. Mais informações sobre a inscrição para alunos serão divulgadas no início de fevereiro.