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Assédio moral

Câmara vai investigar Crespo por suposta agressão

Foi aprovado nesta terça-feira, dia 27, pedido de investigação do prefeito Crespo sobre suposta agressão à vice-prefeita Jaqueline Coutinho e ao secretário Hudson Zulliani, denunciada em redes sociais

Imprensa SMetal com informações da Secom da Câmara de Vereadores
Divulgação/CMS
Durante a sessão foi definido também, por sorteio, os três vereadores que irão formar a comissão processante encarregada de investigar o prefeito.

Durante a sessão foi definido também, por sorteio, os três vereadores que irão formar a comissão processante encarregada de investigar o prefeito.

Foi aprovado nesta terça-feira, dia 27, o pedido de investigação do prefeito José Caldini Crespo (DEM) sobre suposta agressão à vice-prefeita Jaqueline Coutinho (PTB) e ao secretário municipal Hudson Moreno Zulliani, chefe do Gabinete Central da Prefeitura, denunciada em redes sociais.

Com a necessidade de maioria simples para aprovação, 12 vereadores foram favoráveis e 8 foram contra a abertura de investigação do prefeito. O pedido foi protocolado na segunda-feira, 26, pelo chefe de gabinete do vereador Renan dos Santos (PCdoB), Helder Abud Paranhos.

Além da bancada de oposição, formada por Fernanda Garcia (PSOL), Renan dos Santos (PCdoB), Francisco França (PT) e Iara Bernardi (PT), votaram a favor: Silvano Junior (PV), Fausto Peres (PTN), Hélio Brasileiro (PMDB), Hudson Pessini (PMDB), Péricles Régis (PMDB), Vitão do Cachorrão (PMDB), Wanderley Diogo (PRP) e Rodrigo Manga (DEM).

Já os vereadores que votaram contra foram: Fernando Dini (PMDB), Irineu Toledo (PRB), João Donizeti (PSDB), JP Miranda (PSDB), José Francisco Martinez (PSDB), Luis Santos (Pros), Pastor Apolo (PSB) e Rafael Militão (PMDB).

Durante a sessão foi definido também, por sorteio, os três vereadores que irão formar a comissão processante encarregada de investigar o prefeito são: Fausto Peres – escolhido presidente da comissão pelos outros dois membros – juntamente com Vitão do Cachorrão e Silvano Júnior.

Entenda o caso

O prefeito de Sorocaba José Crespo (DEM) está sendo acusado de tentar agredir a vice, Jaqueline Barcelos Coutinho (PTB), e o secretário de Gabinete, Hudson Moreno Zuliani, dentro de seu gabinete, na última sexta-feira, dia 23. A denúncia veio à tona após a mãe de Jaqueline, Neide Andrade Barcelos Coutinho, fazer uma postagem em sua página no Facebook no domingo, dia 25.

Na manhã de segunda-feira, dia 26, Jaqueline relatou, em entrevista à Radio Ipanema, que a assessora de Crespo, Taty Polis – escolhida pelo prefeito José Crespo para o posto que foi ocupado por Sumie Hiranobe por 35 anos – não tinha ensino fundamental 2 e, portanto, não poderia ter diploma de ensino médio e de ensino superior.

Na sexta-feira, Crespo chamou Jaqueline e o secretário Zuliani, com a presença do corregedor da prefeitura, Gustavo Barata, e Taty Polis, para que a vice-prefeita se retratasse com a assessora. Diante da negativa e da exigência de Jaqueline pela apresentação da documentação da assessora, Crespo ofendeu, bateu a mão na mesa e gritou: “a senhora pegue suas coisinhas e vá ser vice-prefeita na sua casa. Aqui no sexto andar a senhora fica proibida de entrar”.

Segundo Jaqueline, quando o secretário foi defender a vice-prefeita, Crespo, mais exaltado ainda, disse para que Zuliani pedisse as contas. Tanto Jaqueline quanto Zuliani foram expulsos do gabinete por um Guarda Municipal.

Na noite de segunda-feira, dia 26, a Secretaria de Comunicação e Eventos (Secom) divulgou comunicado oficial da prefeitura relatando uma “conciliação” entre o prefeito e a vice (leia aqui).

Logo depois a nota, Jaqueline Coutinho se pronunciou pelas redes sociais dizendo que, apesar do comunicado, não voltaria atrás em sua postura. “Não retiro absolutamente nada do que foi por mim dito em entrevistas concernentes ao episódio em questão”, afirmou em seu perfil no Facebook.

Apesar da manifestação da vice, Crespo afirmou em entrevista à Radio Ipanema na manhã desta terça-feira, 27, que Jaqueline assinou a nota divulgada pela prefeitura, que insinua não ter havido violência física.

Diploma

Em conjunto com o deputado estadual Raul Marcelo (PSOL), Fernanda Garcia apresentou pedido ao Ministério Público para que instaure investigação contra o prefeito José Crespo. A vereadora também requereu a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a suposta irregularidade no diploma.

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