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Brasileiro nunca temeu tanto o desemprego como no pós-golpe

Pesquisa da CNI aponta que cresce o medo do desemprego entre os trabalhadores brasileiros. Índice ficou bem acima da média histórica registrada em estudos anteriores.

Brasil 247 e Agênci Brasil
Divulgação

Com a depressão econômica criada pelo golpe parlamentar de 2016, e com a inépcia de Michel Temer e seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, os brasileiros nunca tiveram tanto medo de perder os empregos como agora, segundo aponta pesquisa Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta sexta-feira, dia 9.

Como resultado, a tendência é de queda maior do consumo em 2017, o que se soma também à maior necessidade de poupança dos brasileiros com a proposta de Temer que praticamente acaba com a previdência pública. Na era do medo, o Brasil caminha para mais um ano de recessão em 2017.

O Índice de Medo do Desemprego voltou a subir e alcançou 64,8 pontos em dezembro, valor 3,6 pontos maior que o de setembro. Com isso, o indicador fechou o ano muito acima da média histórica de 48,4 pontos, conforme mostra a pesquisa da CNI. Na comparação com dezembro de 2015, o índice também aumentou 3,6 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos e, quanto mais alto, maior é o medo do desemprego.

A pesquisa aponta que o medo do desemprego é maior na região Nordeste, onde o indicador subiu para 70 pontos em dezembro, valor 11,3 pontos acima do verificado no mesmo mês de 2015. No Sul, o medo do desemprego diminuiu de 63,2 pontos em dezembro de 2015 para 57,8 pontos em dezembro de 2016, e é o menor entre as regiões do país.

Satisfação com a vida
O Índice de Satisfação com a Vida ficou fechou 2016 em 66,8 pontos, 0,9 pontos acima do verificado em dezembro de 2015, mas continua abaixo da média histórica de 70 pontos. O índice varia de zero a cem pontos. Quanto maior o índice maior é a satisfação com a vida.

A satisfação com a vida é maior no Sul, onde o indicador subiu para 69,1 pontos no mês passado, 4,5 pontos a mais que o de dezembro de 2015. No mesmo período, o índice caiu 1,4 pontos na região Nordeste e fechou o ano em 66,9 pontos. A região Nordeste foi a única a apresentar retração da satisfação com a vida no período.

O levantamento foi feito com 2.002 pessoas em 141 municípios entre 1º e 4 de dezembro de 2016.

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