O presidente da Associação dos Agentes da Vigilância Sanitária de Sorocaba, Rogério Barbosa de Oliveira, afirmou, em oitiva da CPI da Dengue no dia 25 de março, que a Prefeitura não tem fiscalizado fábricas e escolas da cidade à procura de criadouros do Aedes aegypti. De acordo com ele, esses os locais costumam concentrar a maior parte focos do mosquito na cidade. Questionado pela Imprensa SMetal, o governo municipal não se manifestou sobre a grave denúncia.
Segundo Rogério, a fiscalização não tem sido realizada devido à falta de pessoal no setor de vigilância sanitária. O depoente da CPI afirmou que apenas 79 agentes estão atuando hoje nas ruas de Sorocaba para detecção e combate de focos da dengue, além de outros 30 em serviços internos, quando o ideal seriam mais de 200, segundo o Ministério da Saúde.
Perguntas sem resposta
Após o depoimento à CPI, no dia 26, a Imprensa SMetal enviou várias perguntas para a Secretaria de Comunicação Municipal (Secom) a fim de confirmar ou não as denúncias.
A Secom respondeu que iria encaminhar as perguntas para a Vigilância em Saúde. Nos dias seguintes, o SMetal solicitou várias vezes resposta à secretaria. Mas até o dia 7 de abril, a Prefeitura não havia se manifestado.
A falta de fiscalização nas fábricas também foi assunto de uma reportagem do Jornal da Band no último dia 2.
“A denúncia foi muito séria para a Prefeitura ignorá-la. Depois, não adianta o prefeito querer jogar a culpa para outras instâncias de governo. Está nítido que o problema é da gestão municipal da saúde”, afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).