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Sorocaba está em situação de emergência devido à epidemia de dengue

UBSs da Vila Hortência, Fiori e Simus estão com horários estendidos até às 22h

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

Além do Brasil, a incidência da doença também é alta nos demais países da América Latina.

A Prefeitura de Sorocaba decretou, na tarde desta segunda-feira, 4, situação de emergência, por 90 dias, em razão do cenário epidêmico na cidade. Também foi anunciado o atendimento estendido, até 22h, em três Unidades Básicas de Saúde (UBSs): Hortência, Fiori e Simus. 

O decreto municipal permite que equipes do Setor de Zoonoses entrem em imóveis abandonados, realizem autuação com mais agilidade e que a Administração Municipal possa contratar profissionais temporariamente para atuar no combate à dengue, entre outras atividades.

Nesses locais serão realizados atendimentos médicos, exames e hidratação aos pacientes com sintomas de suspeita de dengue, sendo das 19h às 22h com atendimento exclusivo para este público.

De janeiro de 2024 a segunda-feira, 4, Sorocaba tinha 5.275 casos notificados e 1.348 confirmados, sendo 1.252 autóctones; 95 importados e um indeterminado. Havia dois óbitos em investigação e nenhum confirmado.

Epidemia no estado de São Paulo

Também na segunda-feira, 4, a Secretaria Estadual de Saúde também decretou situação de emergência em saúde pública em virtude da doença, após o estado atingir 311 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes.

Ao todo, desde o início do ano, São Paulo acumula 138.259 diagnósticos positivos para a doença e 31 mortes confirmadas. Os dados do painel de monitoramento da secretaria de Saúde também indicam que há ainda 122 óbitos em investigação. E que, entre as pessoas infectadas, 169 estão em estado considerado grave.

Até o momento, 22 dos 645 municípios paulistas decretaram emergência. O governo também afirma que pretende ampliar o número de equipamentos fumacê e que vem monitorando os sorotipos da dengue e circulação no estado. Segundo a pasta, a incidência hoje é maior da dengue do tipo 1 e 2. A avaliação é que as emergência climática, com o aquecimento global e as chuvas criaram as condições ideais para proliferação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, o aumento de casos de dengue.

O governo de São Paulo afirmou, no entanto, que não é possível prever quando será o pico da doença. O Brasil vem enfrentando, como um todo, a epidemia de dengue. No país, a taxa de incidência já chega a 501 casos por 100 mil habitantes. São 1.017.278 casos prováveis da doença com 214 mortes confirmadas apenas nos primeiros dois meses de 2024. O Ministério da Saúde destaca que 75% dos focos do mosquito transmissor da dengue estão dentro dos domicílios.

Além do Brasil, a incidência da doença também é alta nos demais países da América Latina, que vêm concentrando quase oito em cada 10 contágios. De acordo com levantamento da Folha de S. Paulo, Paraguai e Argentina são os que mais causam preocupação no momento. O primeiro sustenta a maior taxa de casos neste ano, com 1.892 a cada 100 mil habitantes. O número de crianças e adolescentes em estado grave também tem chamado atenção. Ao menos 15% dos hospitalizados têm entre 5 e 9 anos de idade. Outros 14%, entre 10 e 14 anos, de acordo com o mais recente relatório do Ministério da Saúde do Paraguai.

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