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Campanha Salarial

SMetal cobra aumento real nos salários em assembleia na De Nora

Além do reajuste salarial, o SMetal vai pautar a fábrica para discutir melhorias no vale-transporte e no vale-alimentação; assembleia aconteceu nesta terça, 31

Daniela Gaspari / Imprensa SMetal
Daniela Gaspari/Imprensa SMetal

Assembleia de mobilização dos trabalhadores da De Nora aconteceu nesta terça-feira, dia 31, na porta da empresa

Ao receber a informação de que a De Nora aplicou somente 4,5% de reajuste nos salários, sem negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), diretores da entidade foram até a empresa esclarecer para os trabalhadores que a proposta não atende à reivindicação da categoria.

Na assembleia, realizada nesta terça-feira, dia 31, o dirigente sindical Alessandro Marcelo Nunes (Marcelinho) informou ainda que vai pautar a metalúrgica para discutir melhorias no vale-transporte e no vale-alimentação, bem como a redução do valor que é descontado dos trabalhadores sobre os benefícios.

Segundo o dirigente, desde julho deste ano, a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT/SP) tem tentado negociar com as bancadas patronais. Porém, os patrões não chegam a uma proposta digna, que atenda às reivindicações aprovadas pela categoria – que é prioritariamente por aumento real nos salários e renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

“Começamos então a discutir acordos por empresas. Só que quando a fábrica aplica somente o arredondamento da inflação nos salários e insiste em aguardar o patronal para fechar a Campanha Salarial, como na De Nora, geralmente é uma tentativa de desmobilizar os trabalhadores e, por isso, vamos cobrar também a discussão de outras pautas representadas na negociação”, enfatizou Marcelo.

Presente na assembleia, o secretário de organização do SMetal, Izídio de Brito, lembrou que, nas negociações da Campanha Salarial, a De Nora está cadastrada no Grupo 2 – que se recusa a avançar nas negociações a nível de estado.

“Só que além da questão de reajuste nos salários e nos pisos, no Grupo 2 é necessário que se discuta a renovação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva, que perdeu vigência em agosto deste ano. Essas cláusulas protegem e ampliam os direitos dos trabalhadores, como auxílio creche, estabilidade pré-aposentadoria e em casos de acidente de trabalho, entre outras questões”, enfatiza.

No final da assembleia, os diretores do SMetal informaram que, ainda nesta terça-feira, será protocolada a pauta para incluir as discussões vale-transporte e no vale-alimentação nas negociações e deram o prazo de uma semana para que a empresa se manifeste sobre o assunto e apresente uma proposta.

“Os trabalhadores da De Nora se mostraram mobilizados para buscar essas melhorias e vamos deixar claro para a empresa que, caso a pauta não avance, voltaremos na porta da fábrica, mas desta vez para realizar protestos e até mesmo paralisações, se necessário for”, concluiu Marcelinho.

A De Nora tem cerca de 100 trabalhadores, fica na zona industrial de Sorocaba e fabrica eletrodos e sistemas eletroquímicos.

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