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Dirigentes do SMetal participam de seminário com ministras no ABC

Anielle Franco, ministra de Igualdade Racial, e Cida Gonçalves, ministra da Mulher, fizeram falas em atividade que debateu democracia, trabalho e desigualdades no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal
Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal

Wagner Bueno (Bosch), Priscila dos Passos (Gestamp), Cleide Bueno (Flextronics) e Fábio Rossy (ZF Planta 2) participaram do evento

Na última terça-feira, 30, os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) participaram de uma atividade que debateu democracia, trabalho, desigualdades com as ministras Anielle Franco (Igualdade Racial) e Cida Gonçalves (Mulher) no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC). 

Na visão das dirigentes Priscila dos Passos (Gestamp) e Cleide Bueno da Silva (Flextronics), que participaram da atividade no ABC, o evento com as ministras foi enriquecedora. “Para que fiquemos por dentro do que esses ministérios importantes para nossa democracia estão projetando para o futuro”, disse Cleide. 

Já para Priscila, a conversa com a ministra Anielle teve um impacto grande para ela. “Enquanto mulher negra, a gente está na base da pirâmide. Precisamos equiparar os salários entre homens e mulheres. Sobretudo, precisamos olhar com atenção para a remuneração das mulheres pretas que ficam bem atrás nessa questão”, afirma Priscila. 

As ministras fizeram falas diferentes, mas que se encontram no que diz respeito ao enfrentamento às desigualdades: raciais e de gênero. Anielle comentou sobre as ações atuais da pasta no combate ao racismo institucional e estrutural que existe no país. 

Além disso, também recordou sobre o processo que enfrentou diante do assassinato de sua irmã, Marielle Franco, em 14 de março de 2018. “Quando eles mataram a Mari, eles pensaram que tinham matado todos os sonhos que ela representava, que tinham matado todos ideais que a gente luta. É por isso que a gente está aqui, que somos as primeiras a chegar e as últimas a saírem”, disse Anielle em relação a continuidade da luta feita pela irmã. 

Cida Gonçalves lembrou sobre a retaliação sofrida contra a Lei nº14.611, sancionada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que dispõe sobre a igualdade salarial e dos critérios remuneratórios entre os gêneros. 

A ministra das Mulheres lembrou que duas instituições, em específico, entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal contra a lei de igualdade salarial. “Temos que lutar agora porque se nós perdemos essa batalha no STF, teremos que esperar 300 ou 500 anos a mais pela igualdade salarial”, afirmou. 

Para ela, a contrariedade a esta lei não deveria existir já que, em sua visão, a equidade salarial é benéfica para todos. “A diferença salarial de gênero, até 2025, será de 25%. Isso custa R$5.3 trilhões. Já os impactos econômicos positivos para os países e empresas é de R$1 trilhão positivo [com a igualdade salarial]. Portanto a igualdade salarial entre homens e mulheres economicamente é importante para o país, para os empresários e para o mundo. Então por que eles estão contra?”, enfatizou Cida. 

Os companheiros Wagner Bueno da Silva (Bosch) e Fábio Rossy (ZF Planta 2) também marcaram presença na atividade.

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