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Nota do SMetal

Reivindicar salário digno é uma luta justa, não “manipulação de massa”

Para a diretoria do SMetal, são abusivos e ofensivos os comentários do empresário Kiko Pagliato, na Rádio Ipanema, no qual, em tom raivoso, ele ataca o sindicato dos servidores e o movimento sindical

Diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região
Foguinho/Imprensa SMetal

A greve dos trabalhadores públicos municipais teve início no dia 23 de março

A greve dos trabalhadores públicos municipais, iniciada nesta quarta-feira, dia 23, recebe todo o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) por se tratar de uma reivindicação justa de direito trabalhista.

Para a diretoria do SMetal, são abusivos e ofensivos os comentários do empresário Kiko Pagliato, durante o programa D da Questão, na Rádio Ipanema, na manhã desta quarta-feira, dia 23, no qual, em tom raivoso, ele ataca o sindicato dos servidores e o movimento sindical como um todo.

A visão de um empresário pode ser diferente da de um trabalhador assalariado, mas deve-se reconhecer e respeitar a greve como ferramenta de luta. Nesta quarta-feira, quatro mil servidores protestaram em frente à Prefeitura, são todos cidadãos assalariados que estão reivindicando receber a reposição da inflação.

Fazer greve não é ofensivo, é direito. Reivindicar salário digno é uma luta justa, não “manipulação de massa” como citou Kiko Pagliato.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais tentou negociar com o prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) o reajuste salarial, mas a oferta que partiu do Executivo foi a de 3,5% retroativos a janeiro e 2,5% a partir de agosto deste ano. Insatisfatória para a inflação acumulada de 10,6%.

A Prefeitura sob a liderança de Pannunzio já deu provas de que não gosta nem se preocupa em negociar.

. No caso do fim do Ensino Médio noturno, apesar de toda manifestação da sociedade contra, a secretária de educação fechou classes e obrigou alunos a procurarem – de uma hora para outra – outra instituição para estudar.

. Em relação às creches, um comunicado foi feito numa sexta-feira aos pais e na segunda-feira seguinte já foi reduzido o horário de funcionamento de 16h30 para às 13h, um verdadeiro descaso e desrespeito com as mães trabalhadoras.

É preciso cobrar sim, reivindicar, protestar e os sindicatos são instrumentos para os trabalhadores conquistarem seus direitos, além de não permitirem o retrocesso do que já foi construído coletivamente.

Por isso, repudiamos a tentativa de desprezar a estrutura sindical feita de forma inescrupulosa e irresponsável pelo empresário Kiko Pagliato.

Ele afirmou que sindicalista não trabalha, “fica no gogó”, o que mostra total desconhecimento do empresário/apresentador sobre o movimento sindical. Ele revela o desejo de muitos empresários que gostariam que houvesse um desmonte sindical para que não tivesse resistência às pautas como a ampliação da terceirização fosse aprovada, assim como a flexibilização das férias e do 13º.

Diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

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