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Editorial

Povo não pode ser prejudicado pela má administração

O editorial desta semana fala sobre os cortes feitos pela Prefeitura de Sorocaba e a omissão da mesma em não divulgar os gastos extras, mantendo 158 cargos comissionados que a justiça mandou suspender

Imprensa SMetal
Arte: Lucas Delgado/Imprensa SMetal

A Prefeitura de Sorocaba tem divulgado que devido à crise financeira foi obrigada a reduzir horários de creche, cortar investimentos em cultura, cortar verbas para entidades, mas não divulga os gastos extras mantendo os 158 cargos comissionados que a Justiça mandou suspender.

E também não divulga quanto custa manter obras inacabadas ou nem iniciadas como a do Hospital Municipal, que tem o terreno no Jardim Betânia, na antiga garagem de ônibus da TCS. A reportagem do SMetal acompanhou uma vistoria do vereador metalúrgico Izídio de Brito, presidente da Comissão da Saúde da Câmara, e registrou entulhos espalhados pelo terreno e água parada.

Conforme resposta da prefeitura, via assessoria de imprensa, está na fase final a elaboração do edital para contratação de Parceria Público Privada (PPP), na modalidade de Concessão Administrativa, para a implantação e operação do Hospital de Clínicas de Sorocaba (hospital municipal).

Já a Secretaria da Saúde (SES) informa que a antiga sede administrativa da TCS está sendo reformada para abrigar toda a Área da Vigilância em Saúde (Divisão de Vigilância Epidemiológica, Divisão de Zoonoses, Divisão de Vigilância Sanitária e Laboratório Municipal). A obra está em fase de conclusão, com previsão de mudança a partir de julho de 2016.

Não é de se questionar como pode uma área da saúde estar com água acumulada e entulho, sendo que a própria prefeitura tem ações de combate à dengue e de recolhimento de materiais inservíveis?

Ao invés de prejudicar a população diminuindo o tempo das crianças nas creches, tendo problemas frequentes no fornecimento de merenda, não seria mais adequado voltar o olhar para dentro da própria administração e obedecer a Justiça, como no caso dos comissionados?

Abordamos na Folha Metalúrgica anterior a “missão” extra desses trabalhadores comissionados que são obrigados a irem para as redes sociais defender o mandato de Pannunzio (PSDB), e postarem comentários elogiando qualquer ação da prefeitura. Tudo a mando de um tucano mor de São Paulo, com uma empresa contratada para delegar essas funções aos subordinados do prefeito.

Tá aí mais um desvio na verba empregada. Os comissionados, assim como os concursados, também são pagos com dinheiro público e não deviam trabalhar com propaganda partidária.

Cabe a toda população e às entidades representativas de diversos setores denunciarem e reivindicarem o bom uso do dinheiro público!

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