A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) realizou nesta sexta-feira, dia 17, em Salto, a terceira Plenária Regional para debater a campanha salarial da categoria deste ano. O encontro foi realizado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Salto, e reuniu dezenas de sindicalistas das regiões de Salto, Sorocaba, Itu e Cajamar.
Antes de debaterem os itens da pauta de reivindicações da categoria, que será entregue à bancada patronal na campanha salarial deste ano, os sindicalistas assistiram a uma apresentação sobre o atual cenário econômico, feita pelo economista André Cardoso, da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da FEM.
Já o assessor jurídico da FEM, Raimundo Oliveira, fez uma ampla exposição sobre as cláusulas sociais reivindicadas nas últimas campanhas salariais.
Para o presidente da FEM, Valmir Marques, o Biro Biro, a realização das plenárias em várias regiões do estado de São Paulo é ainda mais importante neste ano, pois além das cláusulas econômicas – como reajuste salarial e elevação do piso -, a campanha salarial também vai definir cláusulas sociais. “Essas cláusulas sociais visam atender diversos seguimentos dos trabalhadores, como as mulheres, as pessoas com deficiência, entre outros. A construção dessa pauta pelos metalúrgicos é muito importante, pois ela se torna uma referência para todo o Brasil”, comenta.
Formato democrático
O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT, Paulo Cayres, que prestigiou o evento, ressaltou a importância das plenárias regionais para a construção democrática da pauta de reivindicações. “Essa descentralização é muito relevante para a construção da pauta, porque ela não é definida de cima para baixo, ela é construída junto com os dirigentes que conhecem a realidade das suas bases”, afirma.
Antes de Salto, a FEM já realizou plenárias nas regiões de Pindamonhangaba, Matão e ABC. “Gostaria de parabenizar a FEM pela escolha desse formato de regionalização da campanha salarial, pois isso nos dá condições de debater mais profundamente as cláusulas econômicas e sociais e avançar ainda mais na luta dos trabalhadores”, opina Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.