Sorocaba completa nesta quinta-feira, dia 15, 365 anos de uma história que passa do Tropeirismo à Manchester Paulista, como ficou conhecida pelos apitos das fábricas e o início da organização dos trabalhadores.
Têxteis, metalúrgicos, ferroviários, rodoviários e tantas outras importantes categorias continuam a ser a pulsação desta cidade, que tem desafios a vencer, tanto na fábrica como na sociedade. Entre eles, o da geração de emprego e renda.
Por isso, neste aniversário de Sorocaba, reafirmamos o compromisso com as nossas principais bandeiras de luta, que são o direito ao emprego e à aposentadoria digna. O país atravessa uma crise sem precedentes tanto no campo econômico como político e social, que afeta o cotidiano da nossa cidade, das nossas vidas.
Mas assim como a sociedade organizada conseguiu sair dos tempos sombrios da ditadura civil-militar de 1964, sairá também dessa penúria de ataques aos direitos trabalhistas, à falta de investimentos na educação, saúde e construirá alternativas para um amanhecer mais solidário.
Neste feriado, nossa reflexão é de que precisamos olhar o passado e reconhecer que a luta dos trabalhadores não foi em vão.
Sorocaba é um dos maiores polos do setor automotivo, com um dos maiores números de indústrias de autopeças. Há mais de oito anos este sindicato estava nas negociações para que a montadora de automóveis se instalasse oferecendo os direitos a todos os contratados. Passamos por uma longa greve, de mais de 10 dias e os trabalhadores impuseram respeito.
Em fábricas de outros ramos não é diferente. Direitos não caem do céu, são conquistados. Muitas vezes, em extensas negociações e assembleias, noutras em necessárias paralisações. De todas as formas, com a construção do diálogo e transparência.
Com os esforços das negociações do sindicato, no primeiro semestre deste ano, conquistamos um volume do Programa de Participação nos Resultados (PPR) ainda maior que no ano passado, mesmo com a crise.
Para a busca de geração de postos de trabalho, buscamos investimentos para a cidade em todas as instâncias, sejam elas estaduais, federal ou até nas matrizes de algumas indústrias, como Alemanha e Japão.
É na batalha do dia após dia, com mobilização e luta, que continuaremos a ser resistência contra tudo o que pretende reduzir trabalhadores a números. Frente ao cenário atual o que enfrentamos não é pouco. Mas a união sempre nos torna maior e, como nossa história nos mostra, a luta contra o capital é incessante, assim como nosso desejo por uma vida melhor, por uma sociedade mais justa!
Parabéns a todos os trabalhadores e a todas as trabalhadoras que se reconhecem como atores desta cidade para uma transformação social. Contem com este sindicato, por inclusão e direitos!