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Nossos desafios para 2010

Mais do que enfrentar o impacto da crise mundial, em 2009 os trabalhadores enfrentaram- e venceram - os oportunistas da crise

Folha Metalúrgica

Mais do que enfrentar o impacto da crise mundial, em 2009 os trabalhadores enfrentaram— e venceram — os oportunistas da crise. Os partidos de oposição ao presidente Lula, a imprensa conservadora e muitos patrões apostaram que o Brasil mergulharia em um caos econômico e social. Pretendiam enfraquecer o governo federal e, ao mesmo tempo, negar reajustes e novos direitos trabalhistas nas campanhas salariais.

Os urubus de plantão tiveram que procurar carniça em outra freguesia. O Brasil foi um dos últimos países do mundo a ser atingido pela crise e foi um dos primeiros a sair da turbulência. Ao invés de enfraquecer, o Brasil e o presidente Lula saíram fortalecidos do episódio, tanto internamente quanto no exterior.

As estratégias anticrise implantadas pelo governo Lula e a confiança dos brasileiros na economia do país são comentadas hoje no mundo todo.

Quanto às campanhas salariais, especialmente dos metalúrgicos da CUT, elas também foram bem-sucedidas, garantido reposição da inflação, aumento real e cláusulas sociais nas Convenções Coletivas. Os patrões bem que tentaram usar a crise como desculpa para negar tais avanços. Mas o desempenho da economia, a continuidade do consumo pela população e a retomada da produção no segundo semestre derrubaram o argumento patronal.

Em 2010 não existe mais a desculpa da crise. Mas não é por isso que a luta vai ser menor.

Vamos ter que contornar a agenda peculiar de 2010. É ano de Copa do Mundo e de eleição para presidente, governador, deputados e senadores. Nessas ocasiões, o país quase pára. Os patrões aproveitam para adiar decisões a respeito de reivindicações, como PPR e reajustes salariais. A elite tradicional aposta na alienação, no voto descuidado, para eleger seus representantes para o poder. Os mesmos representantes que deixaram o Brasil à míngua nos anos anteriores a Lula.

Por tudo isso, os desafios da classe trabalhadora em 2010 não serão menores do que 2009. Apenas serão diferentes.

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