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Direitos básicos negados

Luta e negociação por direitos e benefícios são para todos, independente do tamanho da empresa

Em algumas das quase mil microempresas da base do SMetal são grandes os desafios da negociação, mas conquistas são garantidas

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Imprensa SMetal

Na base do SMetal, 1264 fábricas figuram no segmento de microempresas e empresas de pequeno e médio porte.

Dos metalúrgicos representados pelo SMetal, 57,93% trabalham em empresas de até 499 funcionários. Já as microempresas (até 19 funcionários) concentram 10,87% e outros 20,67% estão empregados em empresas de pequeno porte (com até 20 a 99 funcionários).

Já as fábricas de médio porte de (100 a 499 funcionários) concentram 26,30% dos metalúrgicos. Na base do SMetal, 1264 fábricas figuram no segmento de microempresas e empresas de pequeno e médio porte. Sendo que 225 empresas são de pequeno porte e 58 de médio porte. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2022, do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), levantados pela subseção dos metalúrgicos de Sorocaba do Dieese.

Alessandro Marcelo Nunes (Marcelinho), um dos dirigentes responsáveis pelas negociações com as pequenas empresas, ressalta que a participação e união dos trabalhadores, de forma permanente, são fundamentais.

“O patrão sabe que, se o trabalhador estiver mobilizado e unido, ele vai ter que dar respostas e pagar os direitos e benefícios”, destaca.

Microempresas

O SMetal, por meio da ação sindical, garante benefícios e ampliação de direitos para a categoria. Porém, em algumas das 981 microempresas da base, são grandes os desafios de negociar com patrões, que estão muito mais próximos dos trabalhadores, fazendo com que eles acreditem que são parte da mesma família, mesmo que com interesses muitas vezes contraditórios, ou mesmo ao enfrentar os escritórios de contabilidade, que muitas vezes orientam as empresas a boicotar os acordos com o Sindicato.

O dirigente Wagner Bueno (Sorveteiro) também acompanha as negociações com as microempresas e explica que um dos primeiros passos, e mais difíceis, é saber o que ocorre dentro das fábricas, porque muitas vezes os trabalhadores têm receio de se expor e denunciar.

“Muitas vezes os trabalhadores dessas empresas pequenas não têm nem o básico, em termos humanitários. São frequentes as vezes que precisamos lutar e negociar contra a falta de uma estrutura mínima”, explica Sorveteiro. 

 

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