Só com o Hospital Municipal, Sorocaba poderá resolver problemas de falta de atendimento na área da saúde. É o que afirma o vereador Izídio de Brito (PT), presidente da Comissão da Saúde da Câmara de Sorocaba, que se reuniu na quinta-feira, 8, com o gestor da Santa Casa, Francisco Fernandes, para ouvir os apontamentos do balanço de um ano da requisição do hospital por parte da Prefeitura.
O acúmulo de pacientes no hospital Santa Casa e o rompimento do Hospital Evangélico com o Sistema Único de Saúde (SUS) foram os motivos que levaram vereador Izídio de Brito a promover essa reunião com o gestor. Também participaram da reunião o representante do vereador Fernando Dini (PMDB), o assessor Alexandre Schimmelpfeng, e o diretor técnico da Santa Casa, Fernando Russo.
“Um dos principais problemas mostrados por Fernandes diz respeito ao parque tecnológico do hospital que está defasado”, comenta Izídio de Brito. O gestor explicou que muitos equipamentos, como o ar-condicionado da UTI e o tomógrafo sofrem problemas de manutenção e têm quase 20 anos de uso.
“Essa é uma questão antiga na luta por melhorias na saúde da cidade”, afirma Izídio de Brito. O vereador lembra o caso do acelerador linear para o tratamento de quimioterapia: “Desde 2008 estamos reivindicando esse equipamento, pois a Santa Casa recebeu a verba da Caixa Estadual (já extinta), mas até agora nada”.
Durante a reunião, Francisco Fernandes mostrou uma planilha sobre a taxa de ocupação do hospital de março de 2014 a dezembro do mesmo ano. Houve um considerável crescimento no número de atendimentos, “mas o que preocupa é que justamente a ocupação de leitos chega ao limite em algumas áreas”, comenta Izídio de Brito.
Sem sinal de melhora
“Para a sociedade sentir uma melhora na saúde, é necessária a construção do Hospital Municipal. A Câmara já aprovou a participação de parcerias privadas, mas até agora o cronograma de obras não foi apresentado”, desabafa Izídio de Brito.
Os 36 novos leitos que serão entregues até o final deste mês na Santa Casa, como prevê o gestor Fernandes, serão destinados a receber os pacientes que seriam encaminhados ao Hospital Evangélico. Em novembro do ano passado, o Evangélico comunicou que não atenderá mais pelo SUS a partir de fevereiro deste ano.
Mas na visão de Fernandes, a rotatividade proporcionará um uso equilibrado dos novos leitos. Izídio parabenizou Fernandes em relação à agilidade implantada quanto à permanência de pacientes na Santa Casa. Antes, da requisição o prazo médio era de cinco dias por paciente, hoje está em 3,3. Na visão do parlamentar, isso significa uma rapidez nos exames e no tratamento.